Até o momento, seis prefeitos renunciaram ao cargo nos últimos dois meses, alegando desgastes com o enfrentamento ao coronavírus. São os prefeitos de Bom Despacho, Coimbra, José Raydan, Matias Barbosa, Monte Carmelo e Varginha. Entre as razões apresentadas, estão problemas de saúde e as graves crises deste ano, como a das enchentes e da pandemia.
Além dessas, nos últimos três anos, os prefeitos passaram por outros estresses. Entre eles, a queda e ameaça de queda de barragens e confisco de recursos municipais pelo Governo do Estado no total de R$ 7 bilhões. Desses, R$ 6 bilhões durante a gestão do ex-governador Fernando Pimentel (PT) e outro R$ 1 bilhão no governo de Romeu Zema (Novo).
Desde janeiro deste ano, Zema iniciou pagamento da dívida em 33 parcelas, referentes ao não repasse de impostos (ICMS e IPVA). São recursos constitucionais dos municípios que ficaram retidos nos cofres estaduais. A devolução está sendo feita após pressão da Associação Mineira dos Municípios (AMM) em acordo mediado pelo Tribunal de Justiça de Minas.
Eleições motivam dois deles
O primeiro pedido de renúncia foi do prefeito Carlos Lopes, de Matias Barbosa (Zona da Mata), no dia 9 de março. Alegou motivos pessoais. Seu filho, que é político também, será candidato a prefeito. “Então, desincompatibilizei-me três meses antes para ver se meu filho pode disputar”, justificou. Mesmo motivo apresentado pelo prefeito de José Raydan (Vale do Rio Doce), Elias Godinho. Ele pretende disputar o mesmo cargo na vizinha cidade de Santa Maria do Suaçuí. No dia 25 de março, o vice assumiu.
Motivos de saúde foram apresentados pelos prefeitos de Bom Despacho (Centro-oeste) e de Monte Carmelo (Alto Paranaíba) no dia 3 de abril. Como eles, o de Varginha, no dia 6 de abril, e de Coimbra, no dia 13 do mesmo mês.
AMM repudia desconfiança de deputados a prefeitos na pandemia
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