Em consequência dos impactos e mudanças impostas pelos estragos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e, ainda, “incertezas”, a John Deere (Deere & Company) fará reestruturação global de pessoal. A empresa iniciou, então, um programa de desligamento voluntário (PDV), ao custo de US$ 175 milhões em “amplos programas”, definiu a companhia. A expectativa é a de gerar economia anual de igual valor.
O Grupo Deere tratou o assunto na mensagem de resultados do terceiro trimestre (encerrado em 28 de julho), divulgado na sexta (21/08). Os tais programas, frisou, “serão concluídos no quarto trimestre, em apoio à sua estratégia de criar uma organização mais enxuta e ágil”. A marca figura entre as líderes mundiais em máquinas agrícolas, silvicultura e de construção.
No Brasil, a Deere opera cinco fábricas – Horizontina (RS), Montenegro (RS), Campinas (SP), Indaiatuba (SP) e Catalão (GO) – e emprega perto de 5 mil pessoas. A matriz está sediada em Moline, Illinois (EUA). As unidades pelo mundo, ocupam mais de 68 mil pessoas (em 2018, eram 76.400 – demonstrações de 31 março 2018/ NASDAQ.com). O grupo tem instalações em mais de 30 países.
As receitas líquidas mundiais de vendas da Deere apresentaram, no 3T20 comparado com 3T19, perdas de 12%, somando em US$ 8,925 bilhões. O lucro líquido mostrou retração de 9,8%, portanto, foi de US$ 811 milhões.
Contudo, o presidente e CEO da Deere, John C. May, considerou como “forte desempenho” os resultados, diante dos efeitos de uma “grave pandemia global e condições de incertezas”. Destacou, ainda, o “apoio excepcional” dos funcionários e das redes de revendedores.
No acumulado dos três trimestres fiscais, a Deere teve receitas líquidas de US$ 25,809 bilhões. Ficaram, então, inferiores 12% frente ao mesmo período de 2019. O lucro líquido acumulou perdas de 21,3%, ficando US$ 1,993 bilhão.
Sem projetar a receita, o comunicado da companhia estimou em US$ 2,25 bilhões o lucro anual para seu período fiscal de 2020, acima da estimativa anterior. Contudo, salienta que “muitas incertezas permanecem em relação aos efeitos da pandemia global, que pode afetar negativamente os resultados da empresa e sua posição financeira no futuro”.
Todavia, a Deere não se apresenta totalmente pessimista. “Embora as condições de mercado instáveis e a incerteza do cliente relacionada devam ter um efeito moderador nos principais mercados, no curto prazo, acreditamos que a Deere está bem posicionada para ajudar a tornar nossos clientes mais lucrativos e sustentáveis”, disse May.
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