O Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (INPE) resiste a toda intervenção e desmonte do presidente Jair Bolsonaro e mostra cumplicidades de seu Governo na destruição em biomas da Amazônia e Cerrado. Na comparação com o primeiro semestre de 2021 (1S21), o desmatamento na floresta Amazônica consumiu 3.988 km2, ou seja, avançou 10,6%. Áreas do Cerrado perderam 3.638 km2, portanto, incríveis 44,5% acima do registrado no período comparado de 2021.
Os dados dos crimes incentivados pelo Governo na Amazônia e Cerrado estão nas pesquisas por satélites do Deter. O Deter é conhecido, portanto, como um dos “sistemas estratégicos” do INPE. o órgão atua no “levantamento rápido de alertas de evidências de alteração da cobertura florestal na Amazônia”, conforme definição oficial do próprio Governo.
Ouvida pela revista eletrônica Plurale, especializada em questões ambientais, Mariana Napolitano, pesquisadora e gerente de Ciências do WWF-Brasil, fez alerta gravíssimo. A Amazônia, disse, está chegando ao ponto em que “não conseguirá mais se sustentar”. Acesse AQUI a entrevista.
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O empresariado do chamado “agronegócio” faz seu encontro máximo anual no próximo 1º de agosto, em São Paulo: 21º Congresso Brasileiro do Agronegócio.
Apoiados pelo Governo, via dinheiro público, leis e gestão facilitadoras, esses empresários, portanto, empurram fronteiras dos biomas da Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pantanal, Pampas etc. E, sem receios, então, catam o “tô nem aí”, até mesmo para pressões internacionais.
A chamada que os organizadores do congresso da Abag deram ao painel “Agronegócio: Meio Ambiente e Mercados” é afronta explícita parte da sociedade preocupada com os crimes ambientais.
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“Nas últimas quatro décadas, o Brasil introduziu de forma exitosa práticas agrícolas sustentáveis, como o sistema de plantio direto, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e a fixação biológica de nitrogênio, entre outras. A expansão desse modelo de agricultura tropicalizada pendem ainda mais com a implementação do Código Florestal e o Plano de Agricultura de Baixo Carbono (ABC).” (sic). Isso é querer abonar crimes ambientais estimulados dentro do Governo. Mas, é mesma linha da mineração, garimpo, exploração da madeira nativa.
Detalhe no congresso da Abag: o ministro de Meio Ambiente, Joaquim Leite, figura como convidado para ‘mesa de honra’ da cerimônia de abertura. Veja AQUI a programação.
O agronegócio monta em linhas de dinheiro público, notadamente no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O banco, portanto, entrega dinheiro barato de longo prazo para agricultura e pecuária.
Não apenas a agropecuária na Amazônia e Cerrado praticam crimes ambientais financiados pelo BNDES, mas, também empresas da extração mineral e exploração da chamada “indústria madeireira”. Áreas, portanto, filiadas à Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O mesmo filão alimenta caixas em setores poderosos na indústria. Por exemplo, as montadoras de tratores, caminhões, máquinas agrícolas e rodoviárias em geral e implementos. Todos com assento na Associação dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Em outro quinto, os fabricantes de agrotóxicos, ligados à Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA). Em mesma raia, indústrias do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg).
A principal fonte do BNDES sai da gestão de parte dos depósitos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Entretanto, mesmo com menores juros de longo prazo do mercado, é histórico (e recorrente) o calote agronegócio. Na melhor hipóteses, pressionam por novas dilatações de prazos em cima de prazos.
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