Economia

Banco até doa o acionista, nunca os juros

O formato para os demonstrativos de resultados adotado pelo Bank of America dá enorme clareza ao peso dos juros na vida das instituições financeiras. No balanço consolidado do 1S23, o banco apresenta receita líquida com juros de US$ 28,606 bilhões (bruta de US$ 61,009 bilhões). As receitas liquidas não juros somaram US$ 22,849 bilhões.

O total das receitas líquidas do Bank of America foi, então, de US$ 51,455 bilhões, conforme o balanço encaminhado nesta terça (18/07). O resultado superou em 12% o apresentado no 1S22, de US$ 45,916 bilhões.

Dos US$ 61,009 bilhões em receita bruta de juros, o Bank of America arrecadou US$ 27,067 bilhões sobre os empréstimos e arrendamentos. Nas demais contas foi assim:

  • – Títulos de dívidas (US$ 10,151 bilhões);
  • – Fundos federais vendidos e títulos emprestados ou comprados sob acordos de revenda (US$ 8,867 bilhões);
  • – Ativos da conta de negociação (US$ 4,104 bilhões); e,
  • – Outras receitas de juros (US$ 11,020 bilhões).

No documento enviado à Securities and Exchange Commission (SEC – correspondente à Comissão de Valores Mobiliários, a CVM), o banco lançou lucro líquido de US$ 15,569 bilhões. Ou seja, superior 16,9% aos US$ 13,314 bilhões do 1S22.

Caixa do banco cresceram 88%

A rubrica de caixa e equivalente de caixa apresentou US$ 373,553 bilhões. Ou seja, extraordinário salto de 88,6% na comparação com o 1S22.

Do bolo em caixa no 1S23, US$ 29,651 bilhões corresponderam a dinheiro e débitos de bancos. A maior fatia, portanto, US$ 343,902 bilhões, ficou com depósitos com juros no Federal Reserve, bancos centrais não americanos e outros bancos.

Depósitos e ativos estabilizados

Ao final do 1S23, o Bank of America tinha US$ 1,877 trilhão em depósitos totais, nos Estados Unidos e fora. Isso, portanto, estava ligeiramente abaixo do US$ 1,984 trilhão, no 1S22.

Do balanço do 1S22 para 1S23, o patrimônio líquido evoluiu 5,27%, para US$ 283,319 bilhões.

A instituição norte-americana fechou em US$ 3,122 trilhões no total de ativos do 1S23, portanto, pouco acima dos US$ 3,111 trilhões em mesmo período de 2022.

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Nairo Alméri

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