Decisões no Federal Reserve ditam tendências para investidores estrangeiros no Brasil - Crédito: FED/Divulgação Gov EUA
O mercado acionário brasileiro abriu fevereiro com mais uma mexida importante. A Black Rock, Inc., maior gestora do mundo (US$ 8 trilhões), diminui posição no capital de mais uma empresa do país. Desta vez foi no Banco Inter, do Grupo MRV, comandado pelo fundador, o empresário e empreiteiro Rubens Menin Teixeira de Souza. Black Rock vendeu ações preferenciais (PN), caindo de 5,05% (2,52% do capital total) para 4,99% a titularidade nesses papéis.
Embora seja inexpressivo, o volume alienado de papéis do Inter sinaliza forte tendência do capital externo na Bolsa Valores B3 (Brasil. Bolsa. Balcão). Em mesmo ritmo do Federal Reserve (FED), o Banco Central norte-americano, ou seja, de elevação das suas taxas de juros, investidores migram para títulos do Tesouro dos Estados Unidos. Ou seja, retiram capital das aplicações em rendas variáveis.
O capital estrangeiro vive, portanto, esse jogo. Em função disso e de políticas (e/ou ausência) econômicas do Governo Bolsonaro, a Black Rock já realizou algumas mexidas em seu tabuleiro brasileiro. O Inter fez comunicado ontem (01/02).
No final de dezembro, vendeu ações preferenciais da Bradespar S/A, empresa de participações controlada pelo Grupo Bradesco. Passou a deter 9,99%. O faturamento anual da Black Rock supera US$ 16 bilhões. Reveja aqui matéria do ALÉM DO FATO: Black Rock, Inc., gestora de US$ 8 tri, menos na Bradespar.
Há uma semana, o FED comunicou que pretende elevar suas taxas de juros em meados de março. Atualmente, os juros do BC norte-americano variam entre 0% (zero) e 0,25% ao ano. O mercado norte-americano toca a vida esperando grandes mexidas, tendo por referência o registro, em 2021, da maior inflação das últimas quatro décadas: 7%.
O FED tem balanço patrimonial de US$ 9 trilhões. Isso mostra a relevância da Black Rock, com seus US$ 8 trilhões administrados.
No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) projeta que 2022 será encerrado com a Selic* (básicos de juros do BC) entre 11% e 12% ao ano. No momento é de 9,25%.
Mas, o Copom deverá, ao final da reunião desta quarta (02/02), anunciar uma nova taxa. Há projeções para 10,75%. A projeção de inflação anual (IPCA) do boletim Focus (consultas do BC ao mercado financeiro) é a de que poderá superar 5%.
Além do presidente, Roberto Campos Neto, o Copom é composto por mais representantes de oito diretorias com voto. Mas, são presentes também chefes de sete Departamentos do banco.
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