Boeing acusada de ter pressionado supervisores do processo de certificação do 737 Max - Foto: Redes Sociais
O importante diário londrino “Financial Times” informa, nesta quinta (17/09), que a Boeing Company omitiu das autoridades certificadoras e pilotos falhas no projeto do modelo 737 MAX. Agiu para abreviar etapas na “certificação” junto à FAA – sigla em inglês para Administração Federal de Aviação. A fabricante agiu assim preocupada com a dianteira da concorrente europeia Airbus no mercado.
Conforme o FT, a Boeing, importante grupo aeroespacial, teria, portanto, eliminado etapas (“cortou atalhos”).
Essas conclusões, salienta o FT, estão no Relatório do Comitê de Transporte da Câmara dos Representantes (Deputados) dos Estados Unidos. O Comitê investiga, portanto, as causas da queda, em espaço curto de tempo, de dois aparelhos 737 MAX, em 2019. Esses graves acidentes causaram 346 mortes, em quedas na Indonésia e na Etiópia. A Boeing, então, foi obrigada a interromper, em março de 2019, os voos do modelo. Além disso, suspender a fabricação.
A fabricante teria, ainda, pressionado “supervisores” a ignorarem determinados aspectos. As irregularidade, segue o FT, envolveram engenheiros e administradores da Boeing.
Em citação ao FT, o português “Expresso” transcreveu trecho atribuído ao Relatório da Câmara dos Representantes: “Os fatos apresentados neste relatório documentam um padrão preocupante de erros de cálculo técnicos e erros de avaliação preocupantes de gestão feitos pela Boeing. Ele também põe à descoberto vários lapsos de supervisão e lacunas de responsabilidade pela FAA, que desempenharam um papel significativo nas falhas do 737 Max”.
Mas, no segundo trimestre, em comunicado ao mercado, a Boeing, informou que teria cumprido as novas exigências da FAA. E, portanto, obtido “aprovação” para retomada da montagem do 737 MAX. Entre as exigências estaria, por exemplo, a adoção de novo software de controle de voo. Contudo, a companhia demonstrar que tem capacidade de ser operado com segurança.
Na comparação “ano a ano”, a Boeing, em função dos fatores 737 MAX e a retração no setor da aviação comercial (consequência da Covid-19), perdeu 16,13% nas receitas. Portanto, despencaram de US$ 101,13 bilhões para US$ 84,82 bilhões. A companhia opera em quatro segmentos principais:
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