Braskem sacou US$ 1 bi em créditos "disponíveis", mas problemas seguem -Foto: Braskem/Divulgação/Relatório
O investidor Nelson Tanure não fez oferta hostil pelo controle da petroquímica Braskem S.A., ainda a principal no segmento da América do Sul em capacidade produtiva. Todavia, a fama não descola dele a fama de especulador de ativos na Bolsa de Valores.
Por 90 dias, via FIP Petroquímica Verde, Tanure foi preferencialista na oferta pelo Grupo Novonor (antigo Grupo Norberto Odebrecht) do controle acionário da Braskem. Ao final do prazo, em 22 de agosto, entretanto, anunciou a desistência.
Na mesa, estão postas, 50,11% das ações ordinárias (com direito a voto) e 22,92% das preferenciais (Fonte: Bolsa de Valores B3, 04/07/2025). Petrobras, respectivamente, detinha 47,03% e 21,93%.
Na comparação entre a última cotação das ações da companhia com 30 de setembro (final do 1S25), o valor de mercado em Bolsa da Braskem teve variação de 0,86%, para R$ 5,684 bilhões (06/10). Em dólar norte-americano, variou 0,27%, para US$ 1,062 bilhão.
Por conta das investigações de corrupção política, processos e condenações a Operação Lava Jato, o Grupo Odebrecht mudou nome para Grupo Novonor.
Após caducar (22/08) aquele direito detido por Tanure, a Braskem recorreu ao mercado e sacou US$ 1 bilhão em créditos ofertados. A empresa mergulhou no estaleiro financeiro por conta de pressões na posição de caixa.
Mas esse desconforto tem como consequência grave acidente ambiental e destruição de bairros inteiros em Maceió, capital de Alagoas (ver abaixo).
A contratação da sustentação financeira, na leitura companhia, gerou uma “disponibilidade de caixa“. Essa respirada foi estimada em US$ 2,3 bilhões (posição no final do 3T25), conforme comunicado, na sexta (03/10), à B3.
E segue na pauta das ofertas de controle.
Os investidores, todavia, fazem leituras cautelosas e pontuais no balanço da petroquímica, que se mantém líder de segmento. Não afastam, por exemplo, restrições à gestão dos atuais controladores. Algumas extraídas do fluxo de caixa, que saiu do saldo de R$ 26 milhões, no período de 2024, para perdas de R$ 5,803 bilhões.
Mas há ganhos de resultados, apesar do desempenho positivo residual nas vendas, de 0,87% sobre o 1S24, para R$ 37,317 bilhões.
Braskem apresentou, no 1S25, lucro líquido de R$ 242 milhões. Assim, portanto, reverteu o prejuízo de R$ 5,296 bilhões no mesmo período de 2024.
O resultado financeiro figurou satisfatório. Saiu do saldo negativo de R$ 7,893 bilhões para R$ 689 milhões em ganhos.
A petroquímica, entretanto, continuou com perdas nas variações dos ativos.
De 31 de dezembro de 2024 para 30 de junho passado, a rubrica do ativo imobilizado, investimentos e intangível encolheu 4,7 %, para R$ 45,736 bilhões. No ativo total, redução de 10,1%, para R$ 91,303 bilhões.
Os problemas na Braskem são bem mais em decorrência de danos materiais a terceiros e ambientais nas frentes de extração de sal em Alagoas. Bairros residenciais na capital Maceió apresentaram “afundamentos” e, portanto, foram demolidas. Problemas, de diversas natureza, pressionam a empresa.
Alia-se aos problemas causados pelas operações, o pedido de recuperação judicial da holding Novonor. Recorreu à Justiça por conta de R$ 18 bilhões em dívidas com principais bancos privados do país.
O banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também está no pool credor dos empréstimos.
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