Economia

Braskem teve prejuízo de R$ 3,6 bilhões no 1º trimestre

Maior petroquímica do Brasil e líder em resinas nas Américas, a Braskem S.A. fechou balanço do 1º trimestre com prejuízo líquido de R$ 3,649 bilhões. Resultado, portanto, inverso do lucro em mesmo período de 2019, de R$ 928 milhões. No comunicado, desta quarta (03/06), à B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), a companhia atribuiu o resultado às perdas cambiais no período – desvalorização do real frente ao dólar foi de quase 30%.  

A empresa possui fábricas nos Estados Unidos, México (desvalorização do peso de 26%) e Europa. O balanço trimestral exibe resultado financeiro negativo de R$ 6,253 bilhões, portanto, 581% superior ao do mesmo trimestre de 2019.

Nos períodos comparados, houve ligeira queda (2,8%) nas receitas, de R$ 12,977 bilhões (1T19), para R$ 12,624 bilhões (1T20).

Queda de 6% nas exportações

Em volume, as vendas da Braskem cresceram 4% no primeiro trimestre de 2020 (1,171 milhão de toneladas) frente ao período de 2019 (1,129 milhão t). No mercado interno, houve alta de 7% no (882 mil t), enquanto as exportações (289 mil t) caíram 6%.

Os negócios globais com resinas e produtos químicos reciclados, somaram 1,2 milhão t – 154% a mais que no 1º trimestre de 2019.

Endividamento cresceu 20%

O patrimônio líquido da petroquímica, no final de março, estava negativo R$ 2,867 bilhões. Os prejuízos acumulados somavam R$ 3,642 bilhões.

Com as operações de financiamentos, a Braskem tinha compromissos de R$ 48,379 bilhões, 20,2% a mais que em 31 de dezembro (R$ 40,052 bilhões).

Braskem vinha no vermelho

No exercício fiscal de 2019, a Braskem teve queda de 9,7% na receita frente a 2018 – de R$ 57,999 bilhões para R$ 52,323 bilhões. O resultado foi prejuízo líquido de R$ 2,797 bilhões, frente ao lucro de R$ 2,907 bilhões, em 2018.

Os ativos totais da empresa, em 31 de dezembro, somavam R$ 68,129 bilhoes (R$ 59,193 bilhões, 2018). O patrimônio líquido era de R$ 4,944 bilhões (R$ 5,911 bilhões).

Alaska eleva presença no capital

Fundos administrados pela Alaska Investimentos Ltda compraram mais ações preferenciais classe A da Braskem. Agora, conforme comunicado feito ontem (02/06), à B3, detém 5,25% do total daquelas ações. Além disso, possuem em carteira outros 4 milhões de “instrumentos financeiros derivativos referenciados em ações” emitidos pela companhia.  

O Alaska salienta, contudo, não pretender alterar o controle acionário da empresa. O controle da companhia está assim: Osp Investimentos (38,32%), Petrobras (36,15%), mercado (19,46%) e Adr´s (5,92%).

O capital social da Braskem, em 30 de março, era de R$ 8,043 bilhões.

Nairo Alméri

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