Economia

Conselhos da FIESP cobram prioridades do Governo

Conselhos da Fiesp pedem clareza; Vice do Conselho de Comércio Exterior da Fiesp diz que não houve avanços após Acordo Mercosul-União Europeia

A FIESP quer do Governo Bolsonaro clareza urgente na política econômica e prioridades para parcerias externas. A entidade chamou responsáveis pelo comércio internacional do Ministério da Agricultura para a reunião dos seus Conselhos de Agro e Comércio Exterior da FIESP. O encontro, dia 31, terá a presença do embaixador brasileiro na Organização Internacional do Comércio (OMC), Alexandre Parola.

Vice-presidente do Conselho de Comércio Exterior da FIESP, Stefan Sale, diz que Bolsonaro ainda age deputado, o que gera insegurança. “A diferença é que presidente da República provoca mudanças”, disse o dirigente que foi presidente da FIEMG e do Sebrae-MG. Além disso, Bolsonaro não teria definido estratégias econômicas internas nem buscou compreensão exata para os acordos internacionais. Critica que o chefe da Nação, até o momento, governa para “pequenos grupos” e “assusta” a falta de postura política clara. Na economia interna, sua prioridade tem sido o mercado financeiro, “a especulação na economia”, sustentou Salej na entrevista para ALÉM DO FATO.

Não avança no Mercosul; erro com Irã

Salej diz que as relações da política e ações econômicas externas não avançam no Governo Bolsonaro. No Brasil, acrescenta, ninguém está fazendo nada após a assinatura do Acordo Mercosul-União Europeia. “Não é (apenas mudar) dentro da estrutura econômica interna: é um acordo de mudanças de paradigma”, defendeu. Na política, avalia que foi mal conduzida a apreensão branca (não abastecimento) do cargueiro do Irã, carregado de milho brasileiro. Primeiro, a demora no comunicado ao Departamento de Estado dos EUA, que seria coisa para meia hora. E segundo, que “os EUA não são nossos parceiros agrícolas nem em etanol. São concorrentes”.

Bolsonaro de antes não serve hoje

A “deterioração (política) da figura do presidente” é muito preocupante, observa o dirigente da FIESPE. Portanto, a sociedade precisa ficar atenta quanto à “onda de um provável avanço conservador bolsonarista”. Porém, acrescenta, não cabem “surpresas em relação ao presidente”. “Porque, no fundo, todo mundo sabia que tipo de governo seria. (Mas) Bolsonaro não pode ser olhado como o mesmo dos sete anos de mandatos (na Câmara)”, chama atenção Salej. Há diferenças quanto aos efeitos ou não das palavras de Bolsonaro, antes e agora. “Se (suas ideias) pegassem ou não, não afetavam a sociedade. Mas (hoje) é diferente, como presidente da Republica. (Se fizer o mesmo de antes) Mudam as coisas”, explica.

Nairo Alméri

Ver Comentários

Posts Relacionados

Famílias Setúbal e Moreira Salles cercam gastos na Alpargatas

Alguns aspectos chamam atenção na Assembleia Geral Ordinária (AGO) dos acionistas da holding Alpargatas S.A. realizada…

1 dia atrás

Vaidade e outsider estão fora de moda em disputa eleitoral

Quase todo dia, um nome se assanha para ser candidato a governador ou a presidente,…

1 dia atrás

12º Prêmio Sebrae MG de Jornalismo contará histórias de sucesso

O 12º Prêmio Sebrae de Jornalismo (PSJ), um dos maiores prêmios em Minas Gerais, está…

2 dias atrás

Cleitinho pisa na bola e Kalil se lança no jogo

Sem partido e sem equipe, o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil se lançou, na…

2 dias atrás

Ancelotti no cardápio 2026 de Lula

O técnico do futebol europeu mega campeão Carlo Ancelotti, do Real Madrid, chegará daqui a…

1 semana atrás

O brasilzinho de Lula na China

O Brasil continua pequeno, brasilzinho, no cenário internacional. Será que o Ministério das Relações Exteriores,…

1 semana atrás

Thank you for trying AMP!

We have no ad to show to you!