Produtos da laticínios Shefa - Crédito: Reprodução/Facebook
A Justiça de São Paulo detectou prática de “fraude” pelos sócios da Agropecuária Tuiuti S/A. Diante disso, transformou a Recuperação Judicial em falência. Essa decisão, da semana passada (13/07), eleva temperatura no ambiente das recuperações judiciais. Entre estas, por exemplo, da Americanas (ver abaixo).
Entretanto, a fim de “preservar” direitos e os empregos, a Justiça determinou que a indústria deve continuar em “funcionamento provisório”.
Dona da marca de laticínios Shefa e com instalações em Amparo (SP), a Tuiuti entrou em RJ em 2018. No processo à Justiça, alegou dificuldades para saldar dívidas de R$ 222 milhões. A empresa está no mercado desde 1976.
O juiz Fernando Leonardi Campanell, da 1ª Vara do Foro de Amparo, decretou da falência diante da constatação de que proprietários, na condição de credores, tiraram benefícios. Apontou indícios de fraude de R$ 35 milhões em processos de garantias.
Com a “quebra de confiança”, foi, então, nomeada administradora da massa a gestora judicial FK Consulting. A gestora tentará encontrar interessados pelos ativos do parque fabril da Shefa. A empresa ainda gera 300 empregos.
Além das constatações da Justiça, os desentendimentos na gestão da RJ eram constantes, relatou a Globo Rural.
O caso da Shefa, entretanto, não é fato isolado. Entre casos parecidos aparece o do Grupo Itapemirim. A RJ desse grupo virou falência também via denúncias de desvios. No caso, de receitas das empresas sob proteção judicial contra credores.
Parte do dinheiro teria financiado a criação da companhia de aviação comercial Itapemirim Transportes Aéreos (ITA). O principal acionista da ITA era o próprio controlador do Grupo Itapemirim. Mas, a companhia teve asas para voar apenas por seis meses.
A RJ da Itapemirim começou em 2016. Mas, recheada por escândalos e denúncias, em setembro passado, foi transformada em falência. Ontem (18/07), a Justiça de São Paulo deu mesmo destino para a ITA.
E, neste ano, o mundo do varejo do país foi abalado com o espetacular rombo no Grupo Americanas. Denunciado em janeiro, pela cúpula da Americanas S/A, o buraco financeiro passou, em menos de 24 horas, de R$ 20 bilhões para R$ 40 bilhões. Mas, nos círculos contábeis, a aposta atual é a de que beira os R$ 60 bilhões.
Os acionistas referenciais (principais) na Americanas são os bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Hermann Telles e Carlos Alberto da Veiga Sicupira. Desde 11 de janeiro, é de se imaginar, o trio perde noites de sono. Ele leva surras dos investidores. Enquanto isso, a Justiça aguarda pela aprovação do Plano de RJ por parte dos credores.
Não está, todavia, nada fácil a vida dos sócios da rede de varejo. Nem conseguiram respirar alívio com a prorrogação da “proteção” na Justiça (12/07) contra cobranças por mais 180 dias. Pois, veio outra turbinada de confiança dos credores.
Antes, os credores batiam por aportes robustos de capital pelo trio comandado por Paulo Lemann. Mas agora exigem também balanços financeiros auditados da Americanas, como condição para fechar “acordo”, noticia o Valor Econômico nesta quarta (19/07). A empresa informa que desde junho se empenha nisso.
No dia 14/07, a Americanas comunicou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e à Bolsa de Valores B3 que ainda prepara o balanço anual de 2022 e o do 1T23. Mas, fez previsão apenas para este último, de apresentar até 14 de setembro. O comunicado, entretanto, não usa a expressão “auditado”.
Relembre AQUI como se arrasta o processo.
Americanas consegue prorrogar proteção contra cobranças de credores
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Que tristeza!!!? Definitivamente o leite mais saboroso que já tomei!!! Só era encontrado no Extra aqui em Belo Horizonte!