Fundo de pensão mantido pelo Sistema Fiemg, o Mais Previdência, busca comprador para o seu prédio. Na página web, o fundo, que gera benefícios a poupadores relacionados ao Sistema da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), anuncia que se trata de “um dos seus ativos”.
Mais Previdência é a marca fantasia da Caixa de Assistência e Previdência Fábio de Araújo Motta Casfam). É, portanto, um dos 246 fundos filiados à Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp). Em julho esses pecúlios administrava patrimônios totais de R$ 1,17 trilhão. Esse caixa extraordinário é, portanto, objeto de cobiça constante por áreas produtivas.
Até a publicação deste post, Mais Previdência não respondeu à solicitação (às 12h36) de informação sobre o valor de venda do prédio. Pelo que consta da publicação, a entidade aceitará somente propostas fechadas. “Proposta de venda/compra (com assinatura reconhecida em cartório”, define aviso. O imóvel antigo, no bairro Funcionários (divisa com o da Serra), na Zona Sul. Tem 1.377 m2 de área construída, distribuídos por sete pavimentos.
ALÉM DO FATO, então, consultou empresas imobiliárias especializadas no mercado de prédios comerciais novos, usados e reformados na Zona Sul da capital. Como média, os corretores ouvidos apresentaram “valor de referência” (expressão ouvida em duas imobiliárias) entre R$ 9 milhões e R$ 10 milhões. Eles consideram mais o valor do terreno que a edificação. Além disso, a comparação com as características de outros imóveis em oferta na Zona Sul.
Os profissionais de vendas, em conversa em off, não gostam, entretanto, de abordar outro fator relevante de peso. A economia do país sob crises prolongadas e, no momento, sem sinais firmes de retomada pressionam para baixo os preços do mercado de imóveis. E some-se a isso que, no momento, há um exagero ofertas de prédios comerciais novos também. Ou seja, o estoque de prédios vazios se mantém elevadíssimo.
“Há casos, de prédios novos fechados há quase uma década”, observou um dos corretores. E também prédios usados desocupados em bairros nobres da Zona Sul que não encontra clientes nem para locação. E é o caso, por exemplo, onde funcionou a sede da Reitoria da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). A reitoria saiu e, muito depois, o imóvel foi ocupado, mas temporariamente, por turmas do Colégio estadual Central. É um prédio de mais de 12 andares na esquina das ruas Rio de Janeiro e Gonçalves Dias, em Lourdes.
Em áreas vizinhas ao prédio do fundo da Fiemg, há, porém, inúmeros imóveis comerciais verticais à venda. Na Savassi, por exemplo, um prédio de sete pavimentos (além de pilotis e dois andares de garagem – 32 vagas) com 2.151,63 m² de área total foi anunciado para venda por R$ 18,9 milhões. No Mangabeiras, prédio reformado, “sistema rotativo de garagem”, quatro pavimentos e 1.226m2, está anunciado por R$ 18,4 milhões.
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