Economia

Grana dos donos da Americanas é 3 vezes o rombo

Fortuna conjunta dos três principais controladores das Americanas S.A., no final de dezembro, somava R$ 159,85 bilhões. Isso significa, então, que o dinheiro de Jorge Paulo Lemann, Marcel Hermann Telles e Carlos Alberto da Veiga Sicupira cobre 3,6 vezes o rombo de R$ 43 bilhões da rede de varejo. O tamanho do rombo era estimado há alguns dias. E foi oficializado, portanto, no conteúdo do pedido de recuperação judicial do Grupo Americanas apresentado à 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro na tarde desta quinta (19/01) .

Leia AQUI a íntegra do Fato Relevante da Americanas sobre o pedido de recuperação judicial. Estão na mesma ação as subsidiárias ST Importações Ltda, JSM Global S.Á.R.L. e B2W Digital Lux S.Á.R.L.

No levantamento da Forbes para os maiores bilionários do Brasil, as respectivas presenças dos controladores da companhia, em 23/12/2022, eram as seguintes:

  • Paulo Lemann – (1º – R$ 72 bilhões);
  • Eduardo Luiz Saverin (2º – R$ 52,8 bilhões);
  • Marcel Telles (3º – R$ 48 bilhões); e,
  • Carlos Sicupira/família (4º – R$ 39,85 bilhões)

Ex-CEO da companhia por anos, até 2022, tido como competente e discreto, entra no olho do furacão.

CVM envolve a auditoria PwC nos processos

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), agente fiscalizador dos negócios no mercado acionário (Bolsa de Valores), abriu cinco processos para o escândalo na Americanas. A CVM atende, porém, a pedidos recebidos. Ou seja, a autarquia federal não agiu por iniciativa própria.

Os pedidos, conforme noticiou Agência Estado, envolvem também a empresa responsável pela auditoria dos balanços da rede de varejo. A PwC – PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes.

Na quarta (18/01), ALÉM DO FATO fez leitura do relatório do balanço das demonstrações financeiras de 2021 da Americanas. E registrou que os auditores da PwC sacramentaram todos os itens analisados das contas com as expressões “são razoáveis e consistentes” e “são consistentes”.

Ex-diretores da Americanas desmascararam auditoria da PwC

Entretanto, os presidente Sergio Rial, e de Relações com Investidores, André Covre, empossados dia 1º/01, viram de forma oposta. Em Fato Relevante (11/01) à Bolsa de Valores B3 (Brasil. Bolsa. Balcão) bombástico denunciaram “inconsistência” de R$ 20 bilhões (e de outro tanto, de mesmo valor; mas não registrado), no balanço de 30 de setembro. Dois dias depois, porém, a empresa admitia, no TJRJ, o rombo de R$ 40 bilhões.

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Nairo Alméri

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