Americanas atingiu subscrição de ações suficiente para o valor mínimo do aumento de capital dentro do PRJ. Imagem ilustrativa de fachada de uma loja da rede em Belo Horizonte - Crédito: Nairo Alméri/Além do Fato
O ex-executivo Miguel Gutierrez, por mais de duas décadas diretor-presidente (CEO) da Americanas S.A., a holding operacional da rede de varejo Grupo Americanas, abrirá o bico sobre as fraudes. Depois de dar o cano na sessão da CPI da Câmara, no dia 01/08, mudou de postura.
Gutierrez, portanto, gera a expectativa de que contará o que sabe das práticas contábeis fraudulentas nas empresas da rede de varejo. Os crimes financeiros e dívidas na rede bancária, então, resultaram em rombo acima de meia centena de bilhões de reais.
O Grupo Americanas, todavia, está em recuperação judicial desde janeiro. Ou seja, momentaneamente sob proteção da Justiça contra cobranças e pedido de falência.
A nova postura de Gutierrez foi noticiada nesta quinta (10/08) pelo jornal Valor Econômico. Ele teria, inclusive, reforçado a banca de advogados para ir à CPI. Mas, quer ser ouvido por videoconferência, conforme noticiado na sexta (11/08).
Em sua defesa, conta o jornal, o ex-poderoso da Americanas focará em cima de Carlos Alberto (Beto) da Veiga Sicupira. Este é um dos três bilionários e acionistas referenciais na companhia. Os outros dois são Jorge Paulo Lemann e Marcel Hermann Telles. “(Gutierrez) quer deixar claro” ser inocente nas acusações imputadas de participação em fraudes, publicou o Valor.
A farsa na estrutura financeira no Grupo Americanas veio à tona em 11 de janeiro. Naquele dia, surpreendentemente, dois dos novos ocupantes de cargos no topo da Americanas renunciaram. Mas, comunicado conjunto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e à Bolsa de Valores B3 (Brasil. Bolsa. Balcão), apontaram “inconsistência” contábil de R$ 20 bilhões.
Mas, deixavam brecha para se buscar outros R$ 20 bilhões. Isso foi confirmado no mesmo dia.
Após meses de apuração de listagens de credores e outros procedimentos fiscais, entretanto, o rombo (fraudes e dívidas com fornecedores e bancos) confirmado supera R$ 50 bilhões. Isso conforme um dos Relatórios da Administração Judicial, em junho.
A Justiça aguarda pela celebração de acordo da Americanas com credores. Só depois, portanto, homologará o plano de RJ.
Gutierrez apresentou atestado médico para não ir à Câmara. Na terça (08/08), foi a vez de outro ex-diretor da Americanas, Márcio Cruz Meirelles, também não acatou.
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Vergonha Nacional,,,
Justiça decretem a prisão de todos os envolvidos inclusive sócios e mande bloquear todos os bens e contas em bancos nacionais e internacionais. Esta na cara que muitos deles se favoreceram.