No massacre em Eldorado dos Carajás, em 1996, PM do Pará foi apontada como culpada pelas 21 mortes - Crédito: Site do Senado Federal
A dez dias do início (01/08) do Censo Demográfico 2022, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) encara dúvidas. Além da questão da verba, por exemplo, a segurança efetiva do pessoal na Amazônia Legal. No final do mês passado, então, o Instituto solicitou ao Departamento da Polícia Federal (DPF – Ministério da Justiça) que dê proteção para os recenseadores.
Nesta sexta (22/07), a estimativa da população, na contagem em tempo real do IBGE, apontava que tinha, às 10h30, 214.881.163 habitantes.
O início do desafio do IBGE, na Amazônia, reencarna, portanto, uma frase do general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde. Atolado em erros, falta de previsões e entraves do próprio ministério no combate à Covid-19, cunhou: “A vacinação começa no D e na hora H”.
Os resultados do anuário de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, para o triênio 2019-2021, divulgados há menos de um mês, corroboram, pois, a preocupação do IBGE. Aponta o risco previsível do ingresso na região amazônica para buscar informações da realidade econômica e social dos povos.
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O IBGE, claro, sem oficializar, leva em conta a postura do Governo Bolsonaro. Na prática, referendou a Amazônia como de terra de ninguém, sem lei.
Reportagem da CNN Brasil mostrou que a situação se agrava desde a morte do seringueiro Chico Mendes, em 1988, em Xapuri (AC). Ou seja, do Governo Sarney para cá, a postura de todos os presidentes da República é a mesma para a Amazônia.
Nessa enciclopédia do abandono do Governo e a violência em série na Amazônia, está, por exemplo, o massacre em Eldorado dos Carajás (PA). Em abril 1996, o confronto com a Polícia Militar do Pará resultou na morte de 21 trabalhadores rurais.
Entre crimes recentes, o duplo homicídio, no Vale do Javari, no Amazonas, do indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips. No entanto, presidente Bolsonaro chegou a menosprezar os crimes numa referência ao jornalista.
No senado, todavia, representantes dos indigenistas refutaram a tese do Governo de que as mortes foram “fato isolado”.
As investigações da PF, entretanto, ainda estão em curso. Para amanhã (23/07), está prevista a transferência de dois suspeitos para Manaus (AM).
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