Pilgrim's Pride, do Grupo JBS, relacionada à prática de crime em concorrência de mercado - Foto: Divulgação/Redes Sociais
Subsidiária do Grupo JBS, nos Estados Unidos, a Pilgrim’s Pride Corporation (PPC) afastou o presidente e CEO, Jayson Penn, para se defender das acusações do Departamento de Justiça. O executivo é acusado de agir em complô para eliminar concorrentes em licitação. A Pilgrim’s Pride, com sede em Greenley, Colorado, fez comunicado, dia 10, de cooperação com a Justiça. Mas, ontem (14/06), emitiu nota sobre a decisão do Conselho de Administração.
O comunicado foi repassado nesta segunda (15/06), pela JBS, à Bolsa de Valores B3 (Brasil, Bolsa, Balcão). Contudo, sem detalhar as acusações contra o CEO. Porém, é publico que o executivo e outros ex-funcionários são acusados de participação em esquema para eliminar concorrente. Teriam, para esse fim, agido via “fraude de licitação”.
Mas o afastamento de Jayson Penn é, na prática, uma licença remunerada. O Conselho de Administração decidiu ainda que o CFO (diretor Financeiro e de Relações com Investidores), Fabio Sandini, de forma interina, o substituirá. Portanto, Sandini acumulará os cargos de presidente e CEO. A nota Grupo JBS é assinada pelo diretor de Relações com Investidores, Guilherme Perboyre Cavalcanti. O diretor afastado está no cargo desde março de 2019.
A Pilgrim’s Pride tem ações do capital listadas na Nasdaq. Seu controle é pelas JBS (Brasil) e JBS USA Holding, Inc. O Grupo JBS é dono de marcas importante como, por exemplo, a Friboi.
O Grupo JBS controlado pelas famílias dos empresários e irmãos Joesley e Wesley Batista, muito relacionadas ao noticiário de escândalos políticos. Nos principais, figuram investigações de práticas de fraudes e pagamentos de propinas. Nos processos figuram, por exemplo, políticos como o ex-presidente Michel Temer (PMDB, atual MDB) e o ex-senador (atual deputado) Aécio neves (PSDB-MG).
No final de 2019, a Pilgrim’s Pride fechou balanço patrimonial com vendas líquidas de US$ 11,409 bilhões (+4,3% sobre 2018) e, lucro operacional de US$ 690,568 milhões (+39,3%) e lucro líquido de US$ 455,536 milhões (+84 % – por ação, de US$ 1,83). Porém, os lucros acumulados mais que duplicaram, de US$ 421,888 milhões, em 2018, para US$ 877,812 milhões, salto de 108,6%. O patrimônio líquido evoluiu 25,6%, de US$ 2,019 bilhões para US$ 2,536 bilhões. Entre janeiro e março, 2020, as vendas somaram US$ 3,07 bilhões e lucro operacional de US$ 84 milhões.
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