Os resultados em aços da CSN mostram que seus executivos patinam em desafios de décadas. Imagem ilustrativa da linha de laminação em Volta Redonda (RJ) - Crédito: Reprodução de Vídeo Institucional/YouTube
A apresentação, nesta semana, dos resultados do 3T25 do Grupo CSN – Companhia Siderúrgica Nacional, aos investidorres colocou holofotes mais pontentes sobre a mesa dos seus ditetores. Iluminaram bem que precisam reinventar a CSN no mercado do aço. Isso, porém, não apenas no Brasil, principalmente no exterior.
A produção e expedição de aços da siderúrgica de Volta redonda (RJ), respectivamente, declinaram 27% e 9,4% frente ao 3T24.
Além da paralisação e reforma do Alto-Forno 2 (AF-2), ou seja, menos ferro-gusa para a aciaria, a CSN repete um refrão antigo das suas lamentações :queixas contra importados. Não nominou, mas o alvo de sempre é a compradora e consumidora N 1º do planeta, a gigante China.
Desta vez, deixou fora outra reclamação recorrente no setor brasileiro, a de eventuais dumpings no preço do aço da China. Mas salientou que a maior presença dos importados pressionou para baixo os preços no país.
“Mercado doméstico segue bastante impactado pela forte pressão com material importado, evidenciado pela redução anual de vendas“, destacou a siderúrgica fluminense informativo de terça (04/11).
Mas como a China continuará sólida no papel de eixo da economia global, só resta aos executivos das siderúrgica brasileiras trocarem o choro por empenhos redobrados nas alternativas de sucesso. É o desafio, também antigo.
Em 2024, de acordo com estatísticas do Instituto Aço Brasil (usou dados da Worldsteel Association), as usinas chinesas produziram 1,005 bilhão de toneladas. Ou seja, 53,3% do consolidado mundial de 1,883 bilhão t.
As usinas do Brasil apareceram com a singela parcela de 1,8%, ou seja, 33,9 milhões t.
Em setembro, a Worldsteel mostrou a produção mundial de aços em 141,8 milhões t. Houve, portanto, retração de 1,6% comparada com mesmo mês de 2024. A China participou com 73,5 milhões t, queda de 4,6% na produção interna. Porém, foi 51% do aço munidal.
O Brasil produziu 2,8 milhões t, retração de 3,2%. Se manteve, portanto, pífio na contribuição global, de 1,9%.
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As importações totais brasileiras em aços, em 2024, somaram 5,873 milhões t, ligeiramente abaixo de 2023 – 5,957 milhões t.
As variantes dos mercados doméstico e internacional e o fator AF-2 impactaram fortemente a produção da CSN. A siderúrgica, no 3T25, gerou 726 mil t. Isso representou, então, queda de 27% frente ao 3T24.
O balanço com as vendas dos produtos siderúrgcos da empresa, de 1,057 milhão t, encolheu 9,4%. No mercado interno, as 780 mil t traduziram retração de 10%.
A fotografia, de mesmas facetas de uma década ou mais, espelhou uma receita líquida (R$ 5,294 bilhões) com aços 12,4% menor ao contabilizado no 3T24.
O desempenho baixo da divisão do aço, todavia, não afetou o resultado financeiro consolidado da CSN. As receitas líquidas cresceram 6,6%, para R$ 11,794 bilhões. O valor foi suficiente reverter o prejuízo líquido de R$ 130 milhões, no 3T24, para o lucro de R$ 76 milhões.
A performance, ainda que em baixa escala, se deveu ao conjunto das divisões mineração de ferro e cimento.
O volume da produção de minério da CSN foi elevado em 4,3% (11,928 milhões t) e, as vendas, 4,8% (12,396 milhões t). As receitas apuradas (não ajustadas), R$ 4,405 bilhões, registraram o espetacular salto de 48,1%.
As vendas de cimento pela CNS apontaram queda residual de 0,47% (3,623 milhões t). O faturamento, R$ 1,333 bilhão, cresceu 4,7%.
As outras receitas do Grupo CSN são dos negócios com energia (R$ 155 milhões – 3T25) e logística ferroviária, portuária e multimodal (R$ 1,217 bilhão – 3T25).
Acesse AQUI íntegra do material da apresentação aos investidores.
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