Economia

Mal no aço, médio no cimento e bem na mineração

A apresentação, nesta semana, dos resultados do 3T25 do Grupo CSN – Companhia Siderúrgica Nacional, aos investidorres colocou holofotes mais pontentes sobre a mesa dos seus ditetores. Iluminaram bem que precisam reinventar a CSN no mercado do aço. Isso, porém, não apenas no Brasil, principalmente no exterior.

A produção e expedição de aços da siderúrgica de Volta redonda (RJ), respectivamente, declinaram 27% e 9,4% frente ao 3T24.

Além da paralisação e reforma do Alto-Forno 2 (AF-2), ou seja, menos ferro-gusa para a aciaria, a CSN repete um refrão antigo das suas lamentações :queixas contra importados. Não nominou, mas o alvo de sempre é a compradora e consumidora N 1º do planeta, a gigante China.

Desta vez, deixou fora outra reclamação recorrente no setor brasileiro, a de eventuais dumpings no preço do aço da China. Mas salientou que a maior presença dos importados pressionou para baixo os preços no país.

“Mercado doméstico segue bastante impactado pela forte pressão com material importado, evidenciado pela redução anual de vendas“, destacou a siderúrgica fluminense informativo de terça (04/11).

Sair do choro de sempre

Mas como a China continuará sólida no papel de eixo da economia global, só resta aos executivos das siderúrgica brasileiras trocarem o choro por empenhos redobrados nas alternativas de sucesso. É o desafio, também antigo.

Brasil, um nanico no aço

Em 2024, de acordo com estatísticas do Instituto Aço Brasil (usou dados da Worldsteel Association), as usinas chinesas produziram 1,005 bilhão de toneladas. Ou seja, 53,3% do consolidado mundial de 1,883 bilhão t.

As usinas do Brasil apareceram com a singela parcela de 1,8%, ou seja, 33,9 milhões t.

Em setembro, a Worldsteel mostrou a produção mundial de aços em 141,8 milhões t. Houve, portanto, retração de 1,6% comparada com mesmo mês de 2024. A China participou com 73,5 milhões t, queda de 4,6% na produção interna. Porém, foi 51% do aço munidal.

O Brasil produziu 2,8 milhões t, retração de 3,2%. Se manteve, portanto, pífio na contribuição global, de 1,9%.

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Importações de aço e os negócios da CSN

As importações totais brasileiras em aços, em 2024, somaram 5,873 milhões t, ligeiramente abaixo de 2023 – 5,957 milhões t.

As variantes dos mercados doméstico e internacional e o fator AF-2 impactaram fortemente a produção da CSN. A siderúrgica, no 3T25, gerou 726 mil t. Isso representou, então, queda de 27% frente ao 3T24.

O balanço com as vendas dos produtos siderúrgcos da empresa, de 1,057 milhão t, encolheu 9,4%. No mercado interno, as 780 mil t traduziram retração de 10%.

Perdas no boletim siderúrgico

A fotografia, de mesmas facetas de uma década ou mais, espelhou uma receita líquida (R$ 5,294 bilhões) com aços 12,4% menor ao contabilizado no 3T24.

Mas reverteu prejuízo do 3T24

O desempenho baixo da divisão do aço, todavia, não afetou o resultado financeiro consolidado da CSN. As receitas líquidas cresceram 6,6%, para R$ 11,794 bilhões. O valor foi suficiente reverter o prejuízo líquido de R$ 130 milhões, no 3T24, para o lucro de R$ 76 milhões.

A performance, ainda que em baixa escala, se deveu ao conjunto das divisões mineração de ferro e cimento.

Impulso de 48% no minério de ferro

O volume da produção de minério da CSN foi elevado em 4,3% (11,928 milhões t) e, as vendas, 4,8% (12,396 milhões t). As receitas apuradas (não ajustadas), R$ 4,405 bilhões, registraram o espetacular salto de 48,1%.

Estabilidade com cimento

As vendas de cimento pela CNS apontaram queda residual de 0,47% (3,623 milhões t). O faturamento, R$ 1,333 bilhão, cresceu 4,7%.

Energia e logística

As outras receitas do Grupo CSN são dos negócios com energia (R$ 155 milhões – 3T25) e logística ferroviária, portuária e multimodal (R$ 1,217 bilhão – 3T25).

Acesse AQUI íntegra do material da apresentação aos investidores.

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