A Marcopolo S.A, líder no país em carrocerias de ônibus e com matriz em Caxias do Sul (RS), comunicou nesta ter (10/11) a programação de férias coletivas. O pessoal no Brasil ingressa a partir de 28 de dezembro.
Porém, o retorno será escalonado, conforme o mix de demanda por produtos. A montadora teve perdas nas receitas líquidas de 18% nos nove primeiros meses do ano frente mesmo período de 2019.
Os empregados lotados na unidade de São Mateus (ES), dedicada à montagem de ônibus urbanos e escolares, terá recesso de 22 dias – até 18 de janeiro. Será o mesmo período para parte dos empregados das duas unidades de Caxias do Sul. Mas, a maioria dos ocupados nas instalações gaúchas retorna em 7 de janeiro.
Em março, todavia como medida preventiva de contenção à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a Marcopolo adotou férias coletivas.
Marcopolo informou no balancete do 3T20 que possuir quadro de 12 mil funcionários, distribuídos por 13 plantas industriais, em 10 países. Todavia, em outubro, fechou a unidade de Duque de Caxias (RJ), antiga Ciferal, onde trabalhavam 800 pessoas. Em março, a empresa empregava 10 mil pessoas, sendo 8 mil nas linhas de Caxias do Sul.
No exterior, a empresa gaúcha está presente na Argentina, México, África do Sul, Austrália e China.
Exceto na Argentina (+345% – 89 unidades), por conta da pandemia Covid-19, todas unidades da Marcopolo tiveram queda na produção comparada 9M20 sobre 9M19. No Brasil, retração foi de 15,7%, com 8.103 ônibus montados.
A maior perda, de 71,9%, foi na China, que entregou 121 unidades.
No consolidado, as instalações da marca atingiram 11.799 ônibus, queda de 22,4%.
Os dados financeiros enviados pela Marcopolo à B3 (Brasil,Bolsa, Balcão) mostraram vendas de 3.339 unidades no 3T20. Portanto, menores 14,4% frente ao 3T19.
Então, como consequência de vendas menores, a receita líquida total, de R$ 836,5 milhões, foi inferior 30,1%. Nos nove primeiros meses, contudo, a queda foi menor, de 18,2% – de R$ 3,121 bilhões para R$ 2,554 bilhões.
No 3T20, a Marcopolo contabilizou prejuízo líquido de R$ 57,4 bilhões, contra lucro de lucro de R$ 22,8 milhões, em mesmo período de 2019. Porém, nos nove meses, o resultado foi positivo R$ 45,4 milhões, todavia com queda de 132,3%.
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