Espelhando a cultura do país, pesquisa do The Reykjavik for Leadership constata que 59% dos brasileiros não aprovam mulheres CEOs nas grandes corporações. No sentido inverso, 41% “se sentiriam muito confortáveis” com a situação. É o que informa o “Valor”, na edição desta quinta (20/20), ao detalhar a pesquisa.
Mas, a situação muda quando segmentada por sexo: 52% das mulheres se “sentem muito confortáveis” sob comando feminino. Todavia, entre os homens, a aprovação é baixa, de 34%.
A pesquisa, sustentada por escala de pontuação 0 a 100, mede “o quanto a sociedade se sente confortável com mulheres na liderança”. O Brasil obteve 66 pontos. Além ficar sete pontos abaixo do G7 (Grupo dos mais desenvolvidos do mundo), perdeu para a Índia no subgrupo econômico do BRICs (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Mas, à frente da Rússia (53) e China (48).
Os dados foram coletados em 11 países pela Kantar, empresa multinacional de consultoria. Essa é a primeira participação do Brasil. O cenário submetido aos entrevistados foi: “Eu ficaria confortável com uma mulher comandando uma grande empresa no meu país”. Respostas homens/mulheres:
A presidente da Kantar Brasil, Sônia Bueno, ouvida pelo jornal, diz que o país até que obteve resultado positivo, pois, ficou acima da média. Todavia, ainda não é para festejar. “Nós precisamos ver que há 59% de brasileiros que não se sentem muito confortáveis de ver uma mulher como CEO”, exemplificou.
A Kantar consultou 22 mil adultos (dos 18 aos 64 anos) ocupados por 22 setores vistos como tradicionais, como, por exemplo, automotivo, financeiro e inteligência artificial.
Contudo, no ranking da Forbes e do Programa C-Level/CEO, da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), publicado em julho de 2019, para os “Melhores CEOs do Brasil”, as mulheres ficaram bem. Mas, isso, considerando a pesquisa da Kantar. Entre os 15, quatro são do sexo feminino: Monica Herrero (Stefanini Brasil), Ana Paula Assis (IBM), Cristina Palmaka (SAP Brasil) e Denise Santos (BP – Beneficiência Portuguesa de São Paulo).
Elas dividiram espaços com nomes de conhecidos: Alexandre Birman (Arezzo&CO), Rodrigo Bacellar (Odontoprev), Raul Leite (Taesa), Marcílio Pousada (Grupo Raia Drogasil), Harry Schmelzer Jr (Weg), Gilson Finkelszain (B3 – Brasil, Bolsa, Balcão), Frederico Trajano (Magazine Luiza), Francisco Ivens Dias Branco Jr. (M. Dias Branco), Eugênio Mattar (Localiza), Eduardo Silva Logemann (SLC Participações) e Carlos Affsonso Seigneuer D’Albuquerque (Valid).
Contudo, até março de 2019, o Brasil ocupava a 10ª posição entre as companhias abertas com a presença de mulheres nos Conselhos. Foi o que mostrou a análise da ONG Poder, do México, envolvendo empresas com ações do capital listadas na B3. Destas, 58% não tinham a presença feminina nos conselhos de Administração.
Além disso, ONG constatou que, entre as 424 companhias da Bolsa, a “cúpula” de tomada das decisões seria 100% masculina. Entre as companhias inscritas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), eram 308 conselheiras (incluindo forte contingente de herdeiras), contra 2.487 conselheiros. O trabalho da Poder foi divulgado pelo jornal El País.
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Mulheres não são boas líderes. Nunca serão. Querem pensar com o coração e não com o cérebro.
Nunca tive nenhum problema com a mulher ficar por cima