O brasilzinho de Lula na China

O Brasil continua pequeno, brasilzinho, no cenário internacional. Será que o Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, não passa informações necessárias ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP)? Ou este é que não dá a mínima para aquilo que recebe por escrito da Chancelaria sobre política internacional e riscos?

Nesta segunda (12/05), ainda era madrugada aqui, as economias da Europa, Ásia, África, Américas e Oceania respiraram aliviadas. Em Genebra (Suíça), os representantes dos governos dos Estados Unidos e da China anunciaram trégua na guerra tarifária. Por 90 dias, então, prevalecerá uma redução significativa nas taxas absurdas aplicadas pelas partes sobre importações.

Assim, o governo de Donald Trump (Republicano), reduzirá de 145% para 30% a taxação dos importados despachados da China. O regime do ditador Xi Jinping, de 125% para 10% nos produtos dos EUA.
As bases dessa abertura de negociações comerciais tiveram, portanto, efeitos positivos imediatos. Foi o que se constatou tanto nas mesas globais de câmbio quanto nas principais Bolsas de Valores.

No entanto, mesmo com o fuso horário favorável e hospedado pelo chefe de Pequim, o chip na cabeça do Lula não processou o que estava acontecendo ao seu redor naquele momento. Por isso, seguiu esgoelando verborragia de sempre, a mesma ofertada ao ditador da Rússia, Vladimir Putin, de ataques ao Governo dos EUA.

O vale tudo por 2026

Lula, desde 1º de janeiro de 2023, dorme e acorda vestido com a obsessão pelas eleições de 2026. Ele parece acreditar que se mantendo fiel às duas resolverá o problema interno de impopularidade crescente no Lula 3.

O petista pouco se importa, então, com a truculência de Putin, intromissão em assuntos de outros países e até com invasões territoriais. Na primeira eleição de Trump, em 2016, o governo russo fez pirataria cibernética para ajudar o republicano. O tirano de Moscou invadiu a Ucrânia duas vezes: em 2014, quando anexou a Crimeia, e, com a guerra, desde fevereiro de 2022, em solo ucraniano.

Do ditador Xi, Lula quer que cubra o Brasil com o manto da poupança chinesa.

Esses investimentos, claro, engordarão o marketing das militâncias do Partido dos Trabalhadores (PT) e da base aliada. Isso explica, em parte, o porquê de o petista levar pelos cantos do planeta políticos inúteis às relações internacionais e comerciais. Eles, porém, são profissionais do fisiologismo. Colocam no balcão das negociatas, então, aquilo que mais interessa ao petista: aprovação de seus projetos pessoais no Congresso.

A lista da comitiva do Planalto para o circuito dos ditadores globais Rússia-Pequim teve overbook. Entretanto, desidratou no desembarque em Pequim. Uma semana antes, houve críticas generalizadas pelo embarque de tantos turistas políticos no voo da FAB para os funerais do Papa Francisco. Entrou na Basílica de São Pedro com mais de 20 ‘convidados‘.

Um brasilzinho de bandeja para o “companheiro” Xi

Hoje, ainda maravilhado com esta segunda parada (chegou no sábado) consecutiva em país de exceção, Lula discursou no modo entrega tudo.

No Fórum Empresarial Brasil-China, declarou ao regime do tirano Xi obediência econômica ferrenha e comprometeu o Brasil. De quebra, renovou os ataques contra o Governo Trump. O chinês, portanto, não se incomoda em ser tratado por “companheiro”.

Ou seja, pela centésima vez, demonstração de incapacidade para interpretar os fatos mundiais. Desta vez, não entendeu que as duas potências decidiram negociar, e que sua fala, então, estava desconexa.

Mas, até quando, brasilzinho?…

Veja a íntegra do discurso de Lula (ponto 18:19).

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