Novo CEO da Vale, Gustavo Pimenta, terá de administrar um olho gordo bilionário do Governo do PT em cima do caixa da companhia - Crédito: Divulgação Vale/LinkedIn
A mineradora Vale S.A. troca de presidente nesta terça (1º/10): assume Gustavo Pimenta no lugar de Eduardo Bartolomeu. A posse do ex-vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores, deveria ocorrer em 1º de janeiro. Entretanto, o Conselho de Administração da companhia optou por antecipar.
O Conselho agiu, portanto, de forma estratégica, no sentido de deter as tentativas sistemáticas de intervenção política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP), nos caminhos da companhia. Entre outras intromissões, o petista tentou emplacar Guido Mantega, seu ex-ministro da Fazenda, na companhia.
O Governo do PT, porém, não desistiu de incomodar o cotidiano da Vale.
Segue, por exemplo, querendo receber mais R$ 20 bilhões por conta da renovação antecipada da concessão da Estrada de Ferro de Carajás (EFC), ligação de São Luiz (MA) ao complexo de Carajás, em Parauapebas (PA). Lula alega que o governo de Jair Bolsonaro (PL-RJ) subavaliou o contrato que antecipou a renovação, assinado em dezembro de 2020.
Incluindo a Estrada de ferro Vitória-Minas (EFVM), a renovação obriga a Vale a investir R$ 17 bilhões, em 30 anos, e de R$ 6 bilhões em outorgas. A EFVM (895 km) receberá R$ 8,8 bilhões e, a EFC (892 km), R$ 8,2 bilhões. A investida de Lula começou em janeiro. A Vale até cedeu , mas o PT mantém o apetite.
Antecipação na transferência do comando da Vale foi comunicada há uma semana. Em trecho da nota ao mercado, a companhia definiu assim a gestão anterior: “Sob a liderança de Eduardo, a Vale conseguiu avançar significativamente em sua transformação cultural, com orientação para a segurança das pessoas e operações, para gestão de riscos e para a integridade de ativos”.
Gustavo Pimenta foi eleito CEO, em 26 de agosto, com unanimidade dos votos do Conselho. A companhia, a despeito das manobras do petista, surfava os bons resultados do ST24: lucro líquido de US$ 2,769 bilhões, ou seja, superior 210% nominais em comparação com 2T23.
Independentemente de dar mais um basta nas intromissões de Lula, a Vale agiu de olho nas curvas dos preços das commodities para assiderúrgicas no mercado mundial. E isso, claro, tendo a China como bússola. E acertou, pois, o maior mercado de matérias primas liberou um rosário de medidas pela retomada da economia local.
Bastou isso para a Vale enxergar projeções de contratos com a tonelada métrica do seu minério acima da linha dos US$ 100. No 1S24, a mineradora vendeu 143,6 milhões t das 151 milhões t produzidas. De janeiro a junho, os preços médios das entregas foram a US$ 98,2 a t do fino e, de US$ 157,2, para pellets. Durante todo o exercício de 2023, respectivamente, contabilizaram US$118,3/t e US$ 163,4/t.
Há três semanas, a companhia revisou para cima a projeção anual de produção de minério. Passou, portanto, de até 320 milhões t para até 330 milhões t. Em 2023, a produziu 321,2 milhões t e vendeu 300,9 milhões t.
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A primeira vez que Lula foi a China fazer negócios, toda a direita chiou, por que ele teve que assinar um documento reconhecendo a china como economia de mercado, depois disto a Vale foi a companhia que mais lucrou e continua lucrando com os chineses. Portanto a Vale deve mais á ele do ele á Vale!