Deslumbrados com o 3º Levantamento de Safra de Café de 2020, de 22/09, o Governo e cafeicultores deram pouco caso às mudanças da cafeteria Starbucks Corporation. As lavouras brasileiras renderão 61,6 milhões de sacas de 60 kg, portanto, 25% a mais que em 2019. Acontece que o mercado está com estoques elevados e houve retração significativa no consumo, em função da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Formada por 32 mil lojas pelo mundo, a Starbucks fechará 400 pontos nos Estados Unidos. Em janeiro de 1917, eram 13.170 lojas espalhadas no planeta. No trimestre que se encerra neste mês, a rede estimava perdas de receitas ao redor de US$ 3 bilhões.
A previsão da Starbucks, que tem ações do capital listadas na Nyse, é do final de junho. A companhia tinha, além disso, assumido outra decisão: cortar em 50% na projeção de abertura de novas lojas, que era de 600 unidades.
Starbucks estimava, em consequência, que o lucro, em mesmo período, seria impactado entre US$ 2bilhões e US$ 2,2 bilhões.
Em setembro de 2019, as ações da Starbucks registravam, no ano, ganhos de 50% na Bolsa. Estavam avaliadas em US$ 116 bilhões.
A rede Starbucks, portanto, computava, em junho, não apenas o impacto direto dos efeitos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Mas, principalmente, a mudanças variadas nos hábitos, que surgirão em mão dupla nas relações fornecedor-consumidor.
Desde junho, muitas lojas da Starbucks haviam fechado e operavam drive-thru. Em solo norte-americano, informava a rede, 95% das lojas funcionam de formas variadas, mas com redução de movimento.
Portanto, as novas lojas, em função mudanças, não terão mais a decoração e mobiliário que caracterizam Starbucks. Isto é, deixam de ser também como local para encontros. Consequentemente, não receberá mais o freguês que, na mesma visita, poderia pedir até três cafés.
O foco da rede Starbucks, então, passa a ser o serviço para viagem. Em comunicado de junho, a empresa revelava que, antes mesmo da Covid-19, as compras para viagem eram 85%, em Nova York.
ALÉM DO FATO abordou, na primeira quinzena, alguns problemas atuais para a cafeicultura brasileira. Contudo, as soluções não dependem apenas da administração central.
Os governos estaduais dos principais estados produtores terão que entrar em ação. Isto em função das enormes influências nas economias regionais que as lavouras e suas atividades secundárias exercem. Em Minas, há um colapso em logística de armazenagem. Lei mais.
O Relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima a safra brasileira em 61,6 milhões de sacas. Destas, 47,7 milhões serão do café tipo arábica. Este é de melhor qualidade e valor que o conilon (ou robusta). A safra do arábica crescerá 38,1%.
Os cafeicultores de Minas colherão 33,5 milhões de sacas, ou seja, salto de 36,3%. O arábica será 99,1% da safra, contra 0,9% do conilon.
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