O Governo deverá ofertar logo os corredores shortlines ferroviários (ferrovias de ramais de curta distância), nos quais será possível operar trens de carga e passageiros. Essa brevidade é projetada pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer), Vicente Abate.
Essas ferrovias surgirão dos ramais que hoje não interessam às atuais concessionárias. Nas renovações das concessões atuais, serão devolvidos à União, mas mediante indenização, e levados à oferta pública.
O presidente da Abifer observa que vários ramais sairão da chamada Malha Paulista, onde cinco concessões tiveram a renovação antecipada em dez anos. Agora, a exploração dessas ferroviárias, portanto, se estenderá por mais trinta anos, até 2058.
A principal característica da shortline, observa Vicente Abate, é a operação de baixo custo. Destacou que essas ferroviárias são comuns nos Estados Unidos. Naquele mercado, seriam mais de 600 empresas e que, atualmente participam no transporte de mais de 30% das cargas ferroviárias. O presidente da Abifer fez essas considerações, terça (23/07), no podcast ‘Nos Trilhos do Conhecimento”, do Instituto Federal Sudeste, em Congonhas (MG), que gradua em Engenheira Ferroviária e Metroviária.
Nos EUA, as ferroviárias shortlines operam trechos determinados, ligando ponto A ao B, por exemplo. Portanto, servem como delimitadoras do mercado da concessão de uma “ferrovia classe 1”.
Vicente Abate reafirmou que as shortlines “terão como matérias-primas” as malhas devolvidas, que poderão ser exploradas também para o transporte de passageiros. As ferrovias atuais, disse, não se interessam por esse nicho, operando densamente o transporte de cargas de minérios e grãos. “Mesmo que, por contrato, a concessão permite a passagem de dois pares de trens, sendo um de passageiros”, destacou.
Há, todavia, uma exceção no transporte regular de passageiros, a mineradora Vale S.A. A companhia faz, portanto, esse transporte na Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM) e na Estrada de Ferro Carajás (EFC). Porém, com a shortline será possível, principalmente “pela densidade de tráfego menor. E pelo caráter de peso das composições”, concluiu.
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Quero ver o que a FCA fará para devolver os ramais do sudeste, que foram sucateados, arrancados, pilhados e vendidos como ferro velho. Os ativos da RFFSA não existem em grande parte dos trechos abandonados pela FCA. Onde foram parar o patrimônio público? Como será ressarcido à únião, os prejuízos causados pela FCA? Como a FCA irá repor trilhos, lastro, dormentes, pontes, vagões e locomotivas, assim como os imóveis e oficinas dos trechos? Vamos pedir ao ministro Tarcísio que acompanhe de perto esse abandono e venda do patrimônio público federal.