Economia

Vibra usará R$ 1,2 bi para reter executivos

A Vibra Energia S.A., antiga BR Distribuidora (Petrobras), privatizada em 2019, inicia novo programa de recompra de 10% das ações do capital social em circulação. Esse volume será mantido em tesouraria para aplicação estratégica. Entre os recursos dessas alocações futuras está “cumprir obrigações decorrentes de planos de ações referentes à retenção de executivos”.

Essa operação, a partir da próxima quarta (10/07), implicará em aporte de até R$ 1,2 bilhão. O volume de recompra autorizado pelo Conselho de Administração da Vibra é de 98.692.125 ações ordinárias, do total de 1.023.422.212 em circulação. A companhia, até o presente, mantém 3.650.096 de ações em tesouraria.

O capital social da Vibra, no final do 1T24 era de R$ 7,579 bilhões.

Em comunicado, nesta sexta (05/07), a companhia fixou o prazo de 11/07 e 10 de janeiro de 2026 para liquidação da recompra das ações.

Vibra é controlada por fundos

O capital social da Vibra representa 45,77% do patrimônio líquido lançado no balancete encerrado em março, de R$ 16,556 bilhões. Dentro do PL, a rubrica dos lucros acumulados, tinha saldo de R$ 11,422 bilhões.

O principal acionista da companhia é o Samambaia Master Fundo de Investimento em Ações Investimento no Exterior – BDR Nível 1 (“Fundo”), com 8,92%. O Samambaia Master Fundo de Investimento é do portfólio do ex-banqueiro Ronaldo Cezar Coelho. Ele figura entre os principais investidores na Bolsa de Valores B3.

Outros principais acionistas da Vibra são: BlackRock (5,22), Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (5,24%), Dynamo Administração de Recursos (5,93%) e Dynamo Internacional Gestão de Recursos (4,36%).

Rede de 8 mil postos de revendas

As receitas líquidas consolidadas da distribuidora no 1T24 somaram R$ 39,771 bilhões, ou seja, estabilidade (+1,4%) frente ao resultado do 1T23, de R$ 39,212 bilhões. Cabe observar, porém, que esses valores, demonstrados no site da Vibra, diferem daqueles exibidos pela Bolsa de Valores B3: R$ 39,599 bilhões e R$ 39,037 bilhões, respectivamente. Mas não alteram a variação positiva.

No lucro líquido, de R$ 789 milhões, entretanto, houve redução de 76,1%.

Vibra contabilizou no balancete janeiro-março dívida líquida de R$ 10,651 bilhões, ou seja, redução de 15,2% frente ao mesmo período em 2023.

Ao final de março, a companhia tinha 8.062 postos de revenda de combustíveis no país. Houve redução de 136 pontos em relação a 31 de dezembro.

Nairo Alméri

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