A tempestade de sexta (01/03), em Belo Horizonte, quando, em algumas ruas, a pressão interna nas redes pluviais fez bueiros ficaram sem suas tampas, foi uma fatura pelos crimes ambientais no país. Mas, serviu também como atestado para as consequências da alteração climática. Além disso, novo alerta para falta de política e de gastos qualitativos e honestos em áreas do saneamento básico pelas Prefeituras e Governos dos Estados.
Em resumo, os belo-horizontinos receberam mais um recado da natureza contra desmatamentos e queimadas de matas nativas. Notadamente nos biomas do Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia.
Esses crimes se renovam em projetos de grupos empresariais e investidores do agribusiness e mineração– do país e exterior – privilegiados pelo poder público. Todos carregados em polpudas verbas do Tesouro Nacional (orçamentos anuais da União). Engordam em linhas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), financiamentos com juros altamente subsidiados (minúsculos).
Pressionam o ambiente, com mesma fúria, a extração ilegal de madeira e os garimpos. A Amazônia queima sem parar, de janeiro a janeiro.
Essa enciclopédia de ilegalidades se consolidou à sombra da eterna e bondosa conivência de todos os governos. A ausência secular da fiscalização e punição pelo Estado abriu, portanto, estrada para criminosos ambientais. Estes, então, se aparelharam e se organizarem. Possuem até sindicatos legais, ou seja, amparados em leis.
Eles não estão simplesmente bem armados, com armas de fogo e companhias de pistoleiros. Financiaram sólidas influências diretas nas estruturas dos Governo, em ministérios, autarquias etc.
São poderosos e influentes, por exemplo, no próprio Ministério do Ambiente. Vide o episódio do “ir passando a boiada“, vazado em reunião ministerial do Governo Bolsonaro.
Mas o pior é que ergueram alicerces de aço nas salas parlamentares do Congresso Nacional (Senado e Câmara), onde construíram as bancadas rurais e da bala. Possuem, então, representantes eleitos pelo voto do povo.
MATÉRIAS RELACIONADAS:
Tempestade em BH: bueiros viram chafarizes de até 2m
Devastação a Amazônia pode chegar a ponto de não retorno em 2050
Bioma mais devastado, Mata Atlântica luta para manter biodiversidade
Belo Horizonte foi a capital brasileira que mais esquentou no país em 2023
Histórico de enchentes do RJ tem mais de 500 anos; …
Nas áreas urbanas, a conta dos crimes ambientais se traduz em enchentes e tragédias. Se renovam, portanto, na falta de interesse dos chefes dos executivos de Prefeituras e Governos Estaduais em priorizar políticas de saneamento.
A socióloga Rosângela Lula da Silva (PT-PR), mais uma vez, desfila de fogo amigo contra…
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (Democrata), nos 60 dias que lhe restam de…
O GSI é, digamos assim, um nano quartel de generais de “elite” cravado no coração…
Dono do Grupo MRV (construtora), do Banco Inter e de empresas de comunicação, o empreiteiro…
A montadora brasileira Embraer S.A. refez sua projeção de entrega de aeronaves para este exercício.…
Em Minas e no Brasil, houve muito barulho por nada, da direita à esquerda, após…