Economia

Zema decide sair da inércia e tirar promessas de governo do papel

O governador Romeu Zema (Novo) chega ao meio do segundo ano de gestão sem cumprir as promessas de campanha e de governo. Esse é o dilema dele e do partido dele. Com o problema da falta de dinheiro, faz como o governo antecessor, passando o mês fazendo contas para pagar salários dos servidores. E ainda é acusado de maquiar dados da arrecadação para pressionar servidores e deputados estaduais pela aprovação de seus projetos.

São aqueles planos que o elegeu com mais de 70% dos votos, quando dizia ter como meta reduzir o tamanho do estado e seus gastos. Fez muito pouco até agora, cortou cargos e secretarias, vendeu um jatinho, trocou o palácio por uma casa alugada. Isso não é nada, apenas simbólico. Manteve a cidade administrativa como sede do governo e nunca contestou sua construção, até porque fez aliança com o PSDB para ter governabilidade. Erguida pelos governos tucanos (2003-2014), a obra já foi apontada como foco de irregularidades pela Polícia Federal.

Já as grandes reformas, não saíram do papel, mas o governo está se convencendo da necessidade de sair da inércia. Nos próximos dias, enviará à Assembleia Legislativa parte dos projetos de reformas. Uma delas é da previdência, até porque tem prazo e termina no dia 31 de julho, caso contrário não poderá receber alguns repasses federais nem realizar operação financeira.

Apoio político não é mais meta

Outros projetos são o que altera o estatuto dos servidores e privatiza a Codemig (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais), a poderosa estatal do nióbio. Ou seja, o governo chegou a conclusão de que precisa fazer sua parte, tendo ou não apoio político. E sua parte é enviar os projetos à Assembleia e que não cabe a ele aprová-los ou não, mas aos deputados estaduais. Eles terão o ônus ou bônus pela aprovação ou reprovação dos projetos. Zema então irá pagar pra ver e apontar os responsáveis por eventual sucesso ou insucesso da gestão.

LEIA MAIS: Zema é acusado de fazer terror com as contas para impor privatizações

Orion Teixeira

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