Presidente Jair Bolsonaro (esq.), ao anunciar hoje recursos para o Metrô de Belo Horizonte. Foto - Twitter Jair Bolsonaro
É sempre assim. A eleição municipal se aproxima e assunto metrô de Belo Horizonte volta a ocupar espaço na agenda dos políticos. E o que poderia ser a concretização de um sonho de décadas da população da capital acaba tornando-se motivo de chacota. Ninguém de boa fé acredita mais nessa promessa. Agora, todos querem ver para crer.
Hoje (02/08) foi a vez do presidente Jair Bolsonaro anunciar recursos para a construção da linha 2 do metrô de BH, trecho Calafate-Barreiro. Bolsonaro não foi o único presidente a fazê-lo. Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, Michel Temer, Dilma Rousseff fizeram o mesmo. Todas promessas vazias.
Sempre que o tema volta à pauta, aparecem políticos querendo tirar algum proveito. O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, que tem no Barreiro sua principal base eleitoral, se apressou em ir ao Twitter para afirmar: “Agora, podem acreditar: vai se tornar realidade”? Mas qual a diferença das promessas anteriores? Nenhuma. Zero.
O senador Carlos Viana, colega de partido do atual prefeito Alexandre Kalil (PSD), que é candidato à reeleição, também celebrou a prometida verba para o metrô da capital. “Parabéns, Belo Horizonte. Conseguimos uma grande vitória”. Qual?
“Dinheiro da Vale será revertido do Tesouro para o financiamento da Linha 2 Metrô Calafate x Barreiro”, assinalou o senador, referindo-se a uma verba de R$ 1,2 bilhão que a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), do grupo Vale, está devolvendo ao BNDES. Mas a vitória a que Vina se refere não passa, por enquanto, de mais uma promessa, nos mesmos moldes feitos por outros presidentes da República.
O próprio prefeito Kalil, que conhece bem essa novela, parece não partilhar do entusiasmo do seu companheiro de partido. “Boa, senador! Vamos aguardar”, limitou-se a dizer.
Se Bolsonaro vai conseguir passar para a história como o presidente que conseguiu desatar o nô do metrô de Belo Horizonte o tempo dirá. O que dá para dizer, por enquanto, é que a promessa ainda permanecerá como tal por um bom tempo. O próprio Ministério da Infraestrutura reconhece que, caso sejam vencidas todas as etapas burocráticas, afora os projetos de engenharia, editais de licitação, liberação dos recursos, dificilmente as obras começarão antes de 2022.
Ou seja, essa novela tem tudo para voltar a ser reprisada na eleição de 2022.
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Qual a diferença da promessa dos presidentes anteriores: zero? A diferença é que esse ministério da Infraestrutura, técnico e que não rouba, pega e faz ! Essa é a diferença...
A diferença é que agora vai ser concedido à iniciativa privada.