Como costuma acontecer nas disputas eleitorais, a eleição para a escolha do prefeito e vereadores de Belo Horizonte revelou surpresas e novidades. Comecemos pelas surpresas: o desempenho dos candidatos Bruno Engler, que disputou pelo nanico PRTB, e de João Vitor Xavier (Cidadania), que construiu uma ampla aliança de partidos que lhe garantiu o maior tempo no horário gratuito de rádio e TV.
Contrariando o que apontavam todas as pesquisas de intenção de voto, inclusive algumas divulgadas na antevéspera da eleição, o deputado João Vitor Xavier ficou na terceira posição, com 114.130 votos (9,22% dos votos válidos). O jovem Engler, 23 anos, que não teve direito a tempo na propaganda gratuita, ficou em segundo lugar, com 123.215 votos (9,95% dos válidos).
Contrariando o que diziam os especialistas, a campanha na TV não fez a menor diferença. João ficou com o maior tempo e com o maior número de inserções, aqueles comerciais curtos que são exibidos ao longo da programação e costumam pegar o eleitor de surpresa. Mas o discurso que fez contra a gestão de Kalil, que é aprovada por cerca de 70% da população, não convenceu o eleitorado.
O desconhecido Bruno Engler, que é natural de Curitiba, conseguiu explorar bem o apoio do seu principal cabo eleitoral, que foi o presidente Jair Bolsonaro. Na quinta-feira à noite, Engler participou da tradicional live que presidente faz regularmente, oportunidade em que pediu “uma força” para o “candidato gordinho”. O apoio mais explícito de Bolsonaro na reta final pode explicar o seu desempenho, uma vez que as pesquisas sempre o colocavam em quarto lugar, atrás de Áurea Carolina (embora tecnicamente empatados).
A maior novidade na eleição em Belo Horizonte foi, certamente, a eleição da Professora Duda Salabert (PDT) para a Câmara Municipal, que entra para a história como a primeira vereadora trans da capital mineira. Sua vitória, na verdade, já era esperada, mas o número de votos que ela obteve foi surpreendente: 37.613. Duda já se coloca, inclusive, como pré-candidata à prefeitura de Belo Horizonte em 2024.
No rol das novidades, embora seja também uma surpresa, está a eleição do jovem desconhecido Nikolas Ferreira (PRTB), do mesmo partido de Bruno Engler. Com 24 anos, coordenador do movimento Direita Minas, ele também recebeu um bom empurrão do presidente Jair Bolsonaro, que chegou a anunciar em quais candidatos votaria pelo país afora. Nikolas era um deles. Foi o segundo vereador mais votado, conquistando 29.388.
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O Bruno cresceu graças ao nosso presidente. Poderia ter sido melhor se tivesse participado de mais LIVES com o Bolsonaro.
Esse Nikolas Ferreira tem cara de viado encubado, desses que vai arrumar macho no sigilo, mas fica fazendo discurso homofóbico e reacionário em público.
Perfil fake faz sempre a mesma falsa acusação.
A votação do Bruno Engler teve uma função muito importante, que foi de medir como está o tamanho do gado fiel do Bolsonaro. Muitas vezes a gente fala que o presidente e proprietário de 10 a 20% do eleitorado, que ele pode estar preso mas vão seguir o mito cegamente (qualquer semelhança com Lula não é coincidência) e é por aí mesmo.