Contabilizados os resultados da eleição em segundo turno nos quatro municípios mineiros onde teve segundo turno (Contagem, Juiz de Fora, Governador Valadares e Uberaba), temos uma reorganização das forças políticas no Estado que vai se refletir na eleição para o governo de Minas em 2022.
O MDB perdeu 60 prefeituras que havia conseguido eleger em 2016, mas continua sendo o partido que tem o controle do maior número de cidades mineiras. Tinha 159 prefeitos e agora tem 99. Em princípio, bom para o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre kalil, pré-candidato ao governo em 22, uma vez que há boas chances de que o MDB esteja ao seu lado na eleição estadual.
O PSD do prefeito, aliás, saiu maior da eleição municipal. Tinha 54 prefeitos e agora tem 78, ou seja, ganhou mais 24 prefeituras. Outro dado favorável a Kalil: no total, os municípios administrados pelo PSD representam 21,5% da população do Estado – só a capital tem aproximadamente 2,5 milhões de habitantes.
Cresceu também na eleição municipal o DEM do senador Rodrigo Pacheco, outro pré-candidato ao governo de Minas em 2022. Seu partido elegeu, em 2016, 52 prefeitos; agora, foram 84, ou seja, ganhou 32 novas prefeituras. Com apenas um prefeito a menos que o PSDB, é o terceiro partido com maior número de prefeituras em Minas.
Sai ainda mais chamuscado da refrega eleitoral o PSDB, que comandou o Estado por 12 anos, entre 2003 e 2014, com Aécio Neves e Antonio Anastasia. Em 2016, a legenda ganhou 130 prefeituras, número que foi reduzido agora para 85, perdendo, portanto, 45 cidades. Ainda assim, é o segundo partido com o maior número de prefeituras no Estado. O desempenho deixa a legenda ainda mais enfraquecida para a disputa de 2022.
Perdeu também espaço no Estado o PT. A legenda elegeu 39 prefeitos em 2016 e, dessa vez, 28, perdendo, portanto, 11 prefeituras. No segundo turno, entretanto, conseguiu reduzir um pouco o impacto político do resultado final, pois venceu a eleição em Contagem e Juiz de Fora.
Contagem é o terceiro maior colégio eleitoral com Estado, com quase 470 mil eleitores, e será governada pela terceira vez por Marília Campos. Juiz de Fora, o quarto maior colégio eleitoral do Estado, com 410 mil eleitores, será administrada por Margarida Salomão.
Com experiência política e administrativa, Marília passa a ser uma alternativa para o PT na eleição de 2022.
Sai humilhado da disputa o governador Romeu Zema e seu partido, o Novo. A legenda decidiu lançar apenas três candidatos a prefeito: Belo Horizonte, Araxá e Contagem – contrariando posição do governador, que defendia um úmero próximo de 20. Zema decidiu testar o seu prestígio nas urnas e foi até para a televisão defender seus preferidos. Todos perderam feio.
A favor do governador, pré-candidato em 2022, o fato de ele ter o controle sobre a caneta que nomeia, demite e libera obras e verbas para os municípios, o que mais os prefeitos querem (embora os cofres estaduais estejam praticamente vazios).
Três partidos nanicos tiveram resultados também bastante expressivo nas eleições municipais: o Avante tinha apenas 5 prefeitos e agora tem 50; o Patriota tinha 2 e elegeu 21; e o Republicano tinha 25 e agora são 41. Com esse desempenho, terão maior relevância na eleição de 2022.
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Por favor, corrijam a informação lançada na matéria: Juiz de Fora teve 410 mil eleitores aptos a votar nesta eleição de 2020, segundos dados oficiais do TRE-MG.
Corrigido, Sérgio. Obrigado!