O novo procurador-geral de Justiça de Minas, Jarbas Soares, adiantou que copiará modelos da Operação Lava Jato par combater a corrupção em Minas. A medida foi antecipada durante o programa Entrevista Coletiva, da TV Band Minas em parceria com o site Além do Fato, e reafirmada em sua posse no último dia 11.
“Vamos criar a Unidade Combate de Corrupção e ao Crime. Não deixaremos pedra sobre pedra quando a corrupção teimar em nos vencer e roubar os sonhos da população. Todos os recursos serão empenhados nesse projeto institucional, afirmou ele, apontando o combate ao crime e a corrupção como prioridade maior do Ministério Público.
De acordo com ele, como dono da ação penal, “somente o Ministério Público tem os instrumentos para confrontar os corruptos, os crimes de colarinho branco e as quadrilhas alojadas no serviço público”.
Ele reconheceu que houve excessos e erros por parte da Lava Jato, mas avaliou-os como inevitáveis diante do ineditismo da experiência dessas operações. “Vamos criar uma estrutura maior que a da Lava Jato. Vamos pegar todos os órgãos do Ministério Público que combatem a corrupção e jogar todo mundo no mesmo órgão (Unidade do Combate ao Crime e à Corrupção)”, garantiu.
Segundo o novo chefe do Ministério Público mineiro, a partir da nova Constituição Federal (1988), o órgão se reinventou, modernizou, cresceu e se fortaleceu. “Hoje, é uma das poucas esperanças dos cidadãos de um país tão mal cuidado e sofrido. Não nos corrompemos. Da corrupção, temos ódio e nojo, como disse Ulysses Guimarães”, afirmou, referindo-se à célebre frase do ex-presidente do Congresso Constituinte, quando promulgou a nova Carta Magna.
Ainda condenou privilégio de sonegadores, por terem melhores preços do que os que cumprem a lei e garantem, com pagamento em dia dos impostos, a prestação dos serviços públicos, a educação das crianças e dos jovens, a saúde dos idosos e a segurança de todos. “São os membros do Ministério Público que levantam a sua voz para defender as famílias; que brigam para que os pais cumpram os seus deveres pátrios, para que as crianças pobres não sejam abandonadas, marginalizadas e lançadas às ruas e presídios”, reconheceu.
Assista abaixo a íntegra da entrevista à Band Minas/site Além do Fato
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