O presidente do TJMG, Luiz Carlos Corrêa, Frederico Mendes (AMB), o ministro Barroso e a juíza Rosimere Couto, foto site da Amagis
Ao participar de debate com juízas e juízes mineiros, em BH, o presidente do STF e do CNJ, ministro Luís Barroso, apontou que o Brasil vive uma “epidemia da judicialização”. “Esse é o maior desafio do Judiciário. Em dados de dezembro de 2023, nós tivemos 83 milhões e 800 mil processos. É um recorde, provavelmente um recorde mundial. Considerando que o país tem 160 milhões de adultos, se a estatística fosse uma ciência simples, poderia dizer que um em cada dois brasileiros está em juízo, o que é um número assustador”, afirmou.
Em sua avaliação, a judicialização em níveis espantosos tem uma faceta positiva: “as pessoas estão indo ao Judiciário porque ele tem credibilidade”. Já a fase negativa é que, nesse volume, reconheceu, é muito difícil prestar um serviço com a celeridade desejável. Barroso participou do 14º Diálogos da Magistratura na sede da Associação dos Magistrados Mineiros.(Amagis).
O presidente do Supremo Tribunal Federal veio a Minas para ouvir juízes e juízas sobre o aperfeiçoamento do Judiciário. “É uma forma que eu tenho de, não só me aproximar dos juízes, como também me permite ouvir sugestões, ideias e opiniões que tenho aproveitado ao longo da minha gestão. Gosto de dizer que a melhor maneira de convencer as pessoas de alguma coisa é com os ouvidos. Portanto, faço realmente essa escuta ativa e tem sido extremamente proveitoso”, afirmou.
O ministro se reuniu, nessa segunda (9), com cerca de 200 magistrados mineiros em evento considerado histórico. Mais cedo, falou para 500 estudantes de escola pública, o Colégio Estadual Central.
A reunião com os juízes abordou temas como a gestão do Poder Judiciário, as perspectivas da Justiça, as demandas da Magistratura. E mais, o aprimoramento da prestação jurisdicional e melhorias nas condições de trabalho.
Na abertura do evento, a anfitriã e presidente da Amagis, juíza Rosimere Couto, salientou o caráter inédito e histórico do diálogo com o presidente do STF em favor da Justiça cidadã. “Ao abraçar o projeto, o presidente Luís Roberto Barroso rompe barreiras e paradigmas ao conversar e ouvir, pela primeira vez, os juízes e juízas de todo o País. E mais, quer conhecer nossos problemas, os desafios que enfrentamos no dia a dia e valorizar nossa atuação, nossas práticas inovadoras e projetos que aperfeiçoam e fortalecem o Judiciário”, disse.
Aos estudantes, o presidente do STF reafirmou, em sua palestra, os conceitos de democracia e de ditadura. “Democracia significa que somos todos livres e iguais e, portanto, igualdade de gênero, igualdade racial, não reproduzir o racismo estrutural que marcou a história brasileira e respeitar as pessoas na sua orientação sexual, pois o que vale na vida são os nossos afetos”, afirmou.
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