O presidente da Assembleia comanda sessão virtual no plenário, foto Sarah Torres/ALMG
Após críticas e manifestações de desconfiança de deputados a prefeitos mineiros, a Associação Mineira dos Municípios (AMM) divulgou nota de repúdio. A iniciativa foi tomada após a sessão virtual, realizada na terça (14), na Assembleia Legislativa de Minas. Ao aprovar decretos de calamidade pública municipal, deputados fizeram alertas contra riscos de superfaturamento e desvios por parte dos prefeitos. Os decretos autorizam a gestão municipal a adotar medidas e investimentos, dispensando-a de controles fiscais, em favor do combate à pandemia do Covid-19.
As críticas e alertas foram feitas pelos deputados Sargento Rodrigues (PTB), Arlen Santiago (PTB), Bartô (Novo), Guilherme da Cunha (Novo), Bruno Engler (PSL) e Alencar da Silveira (PDT). Santiago chamou a atenção dos dirigentes de hospitais para ficarem atento aos repasses destinados ao combate ao coronavírus. “Cuidado, se o recurso cair no fundo municipal, o prefeito captura, deixando os hospitais a verem navios”, alertou.
Sargento Rodrigues criticou excessos de prefeito, que estariam usurpando de suas competências ao restringir e limitar o direito de ir e vir do cidadão. Repudiou, em especial, iniciativas do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), de impedir entradas de ônibus de alguns municípios que teriam afrouxado no combate à pandemia. Guilherme da Cunha alertou para o que chamou de consequências danosas com a aprovação de decretos que autoriza os prefeitos a gastarem fora da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Sugeriu ainda que as câmaras municipais fossem consultadas pela própria Assembleia antes de aprovar os decretos de calamidade. Bartô conclamou os vereadores e a população locais a ajudarem na fiscalização dos gastos para evitar desvios e superfaturamento. Bruno Engler manifestou preocupação com os excessos de alguns prefeitos e riscos de abusos nos gastos públicos. “O Ministério Público está aí e irá punir os desvios”, advertiu. Alencar da Silveira alertou contra o risco de superfaturamento e sugeriu que a Assembleia fiscalizasse as contas municipais.
O presidente da Assembleia, Agostinho Patrus (PV), esclareceu que a iniciativa de decretar a calamidade é ato exclusivo do prefeito. E que ao Legislativo cabe a aprovação baseado na situação de ocorrência de infectados e de morte pela pandemia.
Em sua nota, a AMM externou indignação aos pronunciamentos feitos pelos deputados estaduais. “Os deputados teceram ofensas infundadas e genéricas, sem qualquer embasamento, insinuando a falta de lisura e ética dos prefeitos e prefeitas de Minas nos investimentos dos recursos públicos para o enfrentamento ao coronavírus e nas ações de isolamento social de suas cidades”.
Segundo a entidade, as afirmações são inverídicas e injustas em um momento em que todos os prefeitos estão enfrentando uma verdadeira “guerra” em seus municípios. E mais: “…sem um direcionamento unificado dos governos estadual e federal, assumindo as consequências de seus atos na tentativa de proteger a população em seus municípios dentro dos preceitos da Lei”.
Ainda na nota, a Associação solicitou ato de desagravo gestores municipais mineiros.
Uma semana após aparecer um comprador interessado, a Copasa sai do campo da federalização e…
Até o dia 12 de setembro, a sede do Crea-MG terá um posto temporário de…
O Banco Master é um vespeiro. E representa riscos que extrapolam ambiente dos negócios do…
O Brasil se acostumou com os bonecos gigantes do Carnaval de Olinda (PE), que homenageiam…
No próximo dia 15 de setembro, ficará definido quem manda no PSD para as eleições…
Este 29 de agosto marca os 200 anos da assinatura do Tratado do Rio de…