Bairro Belvedere, Centro-Sul de BH, vive caos urbano por conta dos prédios altíssimos, foto Clarissa Barçante/ALMG
As construtoras e os responsáveis pelos alvarás devem estar aplaudindo até agora as recentes declarações do prefeito de BH, Álvaro Damião (União), que sonha com prédios de 50 andares. A maioria dos vereadores também dirá sim ao pedido de parceria para alterar o Plano Diretor. A mesma Câmara Municipal liberou, há cerca de 40 anos, a construção de paliteiros no Belvedere (Centro-Sul) e instalou ali o caos urbano. Hoje, nem duas prefeituras irão resolver os problemas de trânsito.
Anúncios como esses expõem apenas os sintomas das pressões e dos lobbies que já batem à porta da administração municipal. A narrativa pelo desenvolvimento da capital não tem qualquer relação com arranha-céus, que só afetarão a qualidade de vida e agravarão o colapso urbano com mais carros. Onde serão construídos?
Além dos vereadores, o belo-horizontino deverá ser chamado para as conferências municipais de política urbana. Não é a “Times Square” na Praça 7, paliteiros ou alvarás em 24 horas que irão recolocar a cidade no circuito do desenvolvimento comercial do Sudeste.
Na Copa do Mundo de 2014, BH ganhou inúmeros apart-hotéis, que, hoje, estão ferrados. A cidade não perderá nada se os construtores edificarem seus prédios na vizinhança. Nem ganhará se os atrair. Barcelona e Paris são mais adensadas do que BH, mesmo sem ter grandes prédios.
BH ainda espera pelas promessas de campanha, como as soluções para o transporte e os incentivos a eventos, feiras e congressos. Por que não brigar, por exemplo, pela reativação do Aeroporto da Pampulha para facilitar o ambiente de negócios, que é a vocação de Belo Horizonte? O fim do aeroporto urbano foi um dos grandes erros dos governos tucanos há 14 anos. Quem depende de Confins perde, pelo menos, três horas de deslocamento.
A um ano e três meses do início oficial da campanha eleitoral, o pré-candidato a governador, Mateus Simões (Novo), mudou de nome novamente, apesar de ser pouco conhecido. A alteração aconteceu sem alarde, após a orientação de sua nova equipe pré-eleitoral – o marqueteiro Alberto Lage e a mais nova aquisição, a especialista em pesquisas Iracema Rezende. Pesquisas recentes orientaram que Mateus Simões é “melhor” do que Professor Mateus, nome que usou nas urnas que o elegeram vice-governador em 2022. No site da Agência Minas, a alteração aconteceu a partir do dia 14 março último: sai Professor Mateus e entra Mateus Simões. Nome definido, agora, ele terá que mostrar serviço, que é o que interessa, para conquistar visibilidade como vice. Outros resultados da sondagem já estão reorientando a pré-campanha. Além de ficar mais conhecido, Simões quer ser mais competitivo. Nas pesquisas, aparece com apenas 4% das intenções de voto, o que confirma o alto grau de desconhecimento.
Em vez de recorrer ao próprio Tribunal de Contas contra a suspensão da privatização e dos pedágios em rodovias, o governo Zema (Novo) decidiu acionar o órgão na Justiça estadual. A ação foi assinada pelo procurador Mário Nepomuceno no mesmo dia em que o seu chefe, o advogado-geral do Estado Sérgio Pessoa, buscava o diálogo com o Tribunal de Contas. Até então, Pessoa assinava as demandas junto ao órgão. Agora, além da tentativa de diálogo, há a estratégia de confronto, colocando ainda o Tribunal de Justiça de Minas (TJMG) contra o TCE. Pela experiência de especialistas, o governo comete um segundo erro. Disse que iria fazer, e não fez, os ajustes para se adequar às cobranças do TCE; cinco dias depois, entrou na Justiça contra a decisão. Tudo indica que Zema irá perder mais uma no TCE e no TJMG. Quando um não quer, dois não brigam; muito menos quando dois não querem.
O presidente da Câmara de BH, Juliano Lopes (Podemos), rejeitou a crítica de ter transformado a cidade na capital nacional do conservadorismo ao pautar projetos só da direita. Foram votados, por exemplo, a adoção da Bíblia nas escolas, e a criação do dia municipal de contraceptivos naturais. Segundo Lopes, os projetos da esquerda, como o piso da enfermagem e a escala 6×1 dos terceirizados da prefeitura, ainda não estariam prontos para o plenário. Após as queixas dos partidos, os textos já têm data para serem votados neste mês.
Se Montes Claros ainda não lhe deu o devido reconhecimento, a Assembleia Legislativa fará reunião especial no dia 12 de maio para homenagear a professora Marina Helena Lorenzo Fernândez. Ela foi fundadora do Conservatório Estadual de Música Lorenzo Fernândez e da antiga Faculdade de Educação Artística. Em janeiro passado, morreu aos 98 anos. A sessão especial foi requerida pela deputada montes-clarense Leninha (PT), vice-presidente da Assembleia. Na homenagem póstuma, os parlamentares irão reconhecer seu legado a favor da cultura brasileira.
Amanhã e na quarta, acontece o 40º Congresso Mineiro dos Municípios, em BH, quando tomará posse a nova diretoria, presidida pelo prefeito de Patos de Minas, Luís Falcão (sem partido). No mesmo dia, em Brasília, a Câmara dos Deputados vai discutir a PEC 66, sobre a reforma da previdência dos municípios que ainda não fizeram a sua, como Belo Horizonte. O município que ficar omisso, terá que adotar a federal. Ainda neste mês, de 19 a 22 de maio, acontece a 26ª Marcha dos prefeitos a Brasília em defesa de suas pautas municipalistas.
Em operações de alienação e compra, em abril, a maior gestora global de ativos, BlackRock,…
O alerta foi feito pelo Sindifisco/MG após realizar auditoria da dívida por meio do Núcleo…
Nesta quinta (01/05), pelo mundo, as comemorações do Dia Internacional do Trabalho. No Brasil, todavia,…
Ao ser homenageado pela atuação na reforma tributária, o deputado federal Reginaldo Lopes (PT) avaliou…
A Gerdau S.A. demonstrou receitas consolidadas de R$ 17,375 bilhões no 1T25, de 7,18% acima…
Ao anunciar o bloqueio de R$ 1,1 bilhão, Zema culpou a política fiscal do governo…