Os debates em torno da privatização da Cemig e da Copasa, e, provavelmente, da Codemig, como pretende o governador Romeu Zema, vão se intensificar a partir desta semana na Assembleia Legislativa. Os parlamentares voltam ao trabalho no dia 1º e o governo precisa iniciar a discussão sobre a venda das empresas, por duas razões básicas.
A primeira delas porque, conforme exige a Constituição estadual, para privatizar é preciso a autorização de três quintos dos parlamentares, o que significa 48 votos. E, a segunda, a venda dos ativos é a única saída que o Executivo tem para iniciar o processo de reequilíbrio das contas públicas, uma vez que o Estado está, literalmente, quebrado.
Para aderir ao plano de recuperação fiscal dos Estados, o que significa contar com a ajuda do governo federal, Minas precisa privatizar empresas de energia (Cemig), de saneamento (Copasa) e do setor financeiro (bancos, que o Estado não tem mais).
Hoje, o governo não tem votos suficientes na Assembleia para conseguir a autorização para privatizar. Enquete feita semana passada pelo site Além do Fato (reproduzida logo abaixo) mostrou os deputados estaduais ainda estão em cima do muro e preferiram não responder se são contra ou a favor da venda das estatais.
Dos 77 deputados estaduais, 49 não quiseram responder.
No caso da Cemig, 15 deputados responderam que são contra a privatização da empresa, outros seis disseram que são favoráveis e sete declaram que ainda estão indecisos. Já no caso da Copasa, 15 disseram que são contra vender, sete anunciaram que pretendem votar a favor da venda e seis afirmaram que ainda estão indecisos.
Arte feita pela Infograffo:
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