Bolsonaro já sabia. Não foi à toa que ele xingou os nordestinos, chamando-os preconceituosamente de ‘pau de araras” na última quinta (3). Eles são os brasileiros que mais o rejeitam e a seu governo. Foi o que confirmou pesquisa do instituto mineiro Quaest (9/2), em parceria com o banco de investimentos Genial. De acordo com seus números, à semelhança de outros institutos, o governo Bolsonaro é um dos mais rejeitados dos últimos tempos.
A região brasileira que mais o reprova é o Nordeste com 61%, daí o ‘pau de arara’; 22% o acham regular; 16%, aprovam e 1% não sabem. A melhor avaliação dele vem do Centro-Oeste, onde tem expressivos 42% de rejeição; 28% o acham regular; 26% o aprovam e 3% nada disseram.
O mesmo povo nordestino que o rejeita, de outro lado, aprova em 61% a candidatura do rival dele, o petista Lula da Silva, contra 13% de Bolsonaro.
Ainda de acordo com a mesma pesquisa, a primeira via está engolindo a terceira via e a segunda via presidenciais. Ou seja, não está tendo espaço para surgimento e crescimento da terceira via, e a segunda perde competitividade. A 3ª via está, hoje, representada pelo ex-juiz federal Sérgio Moro, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e pelo governador de São Paulo, João Dória (PSDB).
É claro que é uma pesquisa e que a votação acontecerá depois da campanha eleitoral, mas é o resultado de agora, segundo a sondagem. A segunda via é por onde ainda trafega Bolsonaro.
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está na frente nas intenções de voto para a Presidência da República, segundo essa pesquisa. Lula lidera com 45%, seguido de Bolsonaro (PL), com 23%. Ciro Gomes (PDT) e Sergio Moro (Podemos) estão empatados com 7% cada.
A Quaest/Genial também simulou possíveis cenários de segundo turno e Lula permanece na frente em todos. O petista vence sobre Bolsonaro (54% a 30%); Moro (52% a 28%); Ciro (51% a 24%); Doria (55% a 16%); e Janones (56% a 14%). O índice de nulos e brancos cresce respectivamente em cada uma dessas simulações, variando de 13% a 26%.
A pesquisa também indicou que mais da metade dos eleitores considera a escolha do voto definitiva. Quase 6 em cada 10 eleitores (58%) consideram sua decisão tomada, ante 40% que não descartam mudança caso algo aconteça. A sondagem foi realizada entre os dias 3 de fevereiro e 6 de fevereiro, com 2.000 entrevistados e margem de erro de 2 pontos percentuais. Está registrada junto à justiça eleitoral e protocolada sob o número br-08857/2022, no dia 03/02/22.
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