Alexandre Kalil disse pelas redes sociais que disputará o governo de Minas em 2026, foto Amira Hissa/PBH
Sem partido e sem equipe, o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil se lançou, na terça (13), como pré-candidato a governador no ano que vem. Falou alto para quem estava recolhido ao silêncio. O impulso foi tomado ao identificar o que considerou erro grosseiro do adversário e, pelas redes sociais, disse estar pronto para entrar em campo. A motivação foi dada pelo senador Cleitinho Azevedo (Republicanos), o favorito das redes sociais e das pesquisas pré-eleitorais, que tietou a blogueira Virgínia Fonseca na CPI das Bets.
Apesar do distanciamento, o ex-prefeito demonstrou que está atento aos movimentos dos concorrentes. Cleitinho é mais do que isso. Ambos disputam espaço dentro do Republicanos, partido ao qual Kalil pretendia se filiar quando aderiu à fracassada candidatura a prefeito de BH de Mauro Tramonte em 2024.
Enquanto o senador Rodrigo Pacheco (PSD), nome preferido pelo centro-esquerda, esconde o jogo, Kalil se apresenta para ocupar espaço e ficar na área. Ainda assim, ao ser perguntado pela imprensa em qual partido abrigaria a candidatura, disse que a legenda seria “Kalil”, mostrando que não mudou o estilo. Além de ficar de olho nos erros dos adversários, vai precisar mais do que isso, especialmente de mudar a forma de jogar.
Para entrar no jogo pra valer, terá que repactuar sua relação com a política e os políticos desde que virou as costas para todos. Após a derrota para Zema, em 2022, saiu de cena magoado com o PT, aliado na sucessão estadual passada. Na eleição seguinte, a municipal de 2024, rompeu com o partido, o PSD, e seu ex-vice-prefeito, Fuad Noman. Apoiou o adversário e foi derrotado no primeiro turno. No segundo turno, desapareceu, sem se manifestar por um dos finalistas. Foi um líder que não liderou, jogou a toalha e foi para casa.
Voltando ao futebol, quando trouxe Ronaldinho para o Atlético, Kalil o aconselhou a chegar no horário e treinar direitinho, que tudo daria certo. Tem que fazer o mesmo e seguir aquela recomendação.
Junto dessa repactuação, será importante avaliar os erros e as razões das falhas. Sem isso e sem aliados, será difícil se reencontrar no jogo. Não dá mais para fazer voo solo do tipo ‘euquipe’, tem que ter partido, até por exigência legal. Tudo somado, o maior desafio de Kalil é o próprio Kalil.
Engana-se quem avalia que Cleitinho bobeou ao fazer o que fez na CPI, tirar selfie com a influenciadora em nome da esposa. Ele é desse mundo, seu nicho são as redes sociais, onde tem milhões de seguidores. O fenômeno Cleitinho surgiu do bolsonarismo da internet e vai continuar pontuando no mundo virtual. Seu desafio maior será quando cair na real e tentar mostrar para o centro político que tem maturidade para governar Minas Gerais.
O governador Zema e seu vice, Mateus Simões, ambos do Novo, martelam diariamente suas pré-candidaturas a presidente da República e a governador, mas os resultados não aparecem nas medições. Depois de sete anos de gestão e sem rival em Minas, Zema aparece com aprovação de 40%. É hora de perguntar por que os outros 60% não o acompanham. Simões empaca nos 5%.
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