Ministro da Ciência e Tecnologia, astronauta Marcos Pontes, foi vaiado, ontem (27), na 71ª Reunião Anual da SBPC, em protesto ao corte de 11% no CNPq. A principal instituição de pesquisa país amarga déficit de R$ 330 milhões. E, por ironia, não pode sacar no Fundo Nacional de Desenvolvimento e Tecnológico (FNDCT), que rende R$ 5 bilhões anuais. O ministro fez palestra no encerramento do evento, aberto dia 20, em Campo Grande (MS).
Participantes da reunião da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) reivindicaram recomposição das verbas do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). Sem retorno ao patamar de R$ 1,2 bilhão, os pagamentos das bolsas seriam interrompidos em setembro. A instituição está com limite de gastos em R$ 1,050 bilhão. Mais de 80 mil bolsistas de mestrado e doutorado dependem do CNPq. A recomposição é vista como muito importante, porque os bolsistas têm dedicação integral às pesquisas. Portanto, sem outra fonte de sustento. As bolsas assumem cerca de 90% (R$ 780 milhões) do orçamento daquele órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia.
A crise gerou o “Manifesto dos Ex-presidentes do CNPq”, com sete signatários, lido na SBPC, dia 25 . O ministro dividiu a responsabilidade pela “restrição orçamentária”. Apesar disso, defendeu o presidente Jair Bolsonaro: “aliado”. Optou por transferir a culpa (“palavra final”) ao ministro da Economia, Paulo Guedes, responsável pelos contingenciamentos. Contudo, argumentou que a crise orçamentaria do CNPq vem desde 2013. Mas se comprometeu a “brigar” para “reverter a situação”. Por fim, sugeriu a busca por receitas em fontes fora do Tesouro.
A assessoria da SBPC calculou que cerca de 780 pessoas estavam no auditório no momento da apresentação do ministro. Elas alternaram vaias e aplausos. Pontes teria sido “paciente” e respondido a todas as perguntas. Na véspera, em sua chegada à cidade, foi hostilizado com gritos e cartazes. Um dizia que “ciência não é mercadoria”.
Houve também desagravo ao presidente do Instituo Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Ricardo Galvão, atacado pelo presidente Jair Bolsonaro. O ministro não saiu em defesa do colega cientista. Nos sete dias, na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), 30 mil pessoas teriam passado em áreas do evento da SBPC.
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É preciso garantir a participação da sociedade civil na escolha de áreas e temas e linhas de pesquisa a receber ajuda via governo, pois o que temos hoje são centros de doutrinação com proselitismo político, aparelhamento governamental de centros de Estado
.a sociedade civil tem o direito de decidir em quais ramos de pesquisa seu dinheiro será usado..não existe dinheiro do governo ou do CNPQ ..existe é dinheiro do povo e o povo tem o direito de decidir onde aplicá-lo."
....Caso não haja controle, corremos o risco de ver dinheiro do povo sendo usado em coisas inservíveis para o povo, como pesquisa sobre o partido PSOL realizada na UFMG sob orientação de alguém tão sem gabarito que contra si pesa até a participação num lixo de programa vulgar de Tv chamado BIG BROTHER