Candidata e candidatos reorientam suas campanhas para a reta final, foto Júnia Garrido/Band Minas
A menos de 30 dias da votação do dia 6 de outubro, os candidatos a prefeito de BH que disputam a segunda vaga para o 2º turno estão apelando à direita e à esquerda para não ficar fora da briga final. O candidato do PL, Bruno Engler, reforçou a estratégia para se consolidar como o expoente da ala conservadora, turbinado com a visita do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Enquanto isso, o prefeito e candidato à reeleição, Fuad Noman (PSD), reorientou a campanha com acenos ao eleitor mais progressista.
Apesar da rejeição na casa dos 30% em Belo Horizonte, Bolsonaro mobilizou sua base na última quinta (5/9) e gerou muita mídia. Engler vai tentar tirar o eleitor de direita e conservador da campanha de Mauro Tramonte (Republicanos), que lidera em todas as pesquisas. Se atrair para si esse voto mais ideológico, o bolsonarista poderá ganhar os pontos que o façam se desgarrar do grupo de três candidatos que dividem o segundo lugar, considerando a margem de erro dos levantamentos estimulados.
Buscando o campo político oposto, Fuad começa a se movimentar, tocando em pautas sensíveis à centro-esquerda. Em suas mensagens, cita a primeira casa de acolhimento LGBTQIA+ da capital e programas destinados às pessoas em situação de rua. O objetivo final é atrair para si o chamado voto útil, diante de um cenário no qual BH corre o risco de ter só candidatos da direita na disputa final.
Duda Salabert (PDT), a terceira candidata com chances de alcançar o segundo turno, está com posição cristalizada pela força da juventude e por representar uma nova promessa, uma alternativa ao cenário político atual. Ainda assim, parece que não tem onde buscar impulso e crescimento. Ao contrário, tem sido assediada por setores da esquerda para que se junte e apoie o petista Rogério Correia.
Treze dias após o início da propaganda eleitoral na TV e rádio, alguns candidatos devem rever os rumos da campanha para não sair dela menor do que entraram. O momento também é oportuno, porque a campanha tende a sair do estado morno e esquentar daqui para frente, quando o eleitor começa a entrar em campo. Teve gente que não se preparou e até subestimou o papel da TV, que gera conteúdo e é o principal meio de alcançar as classes C e D, que, ao final, são as que decidem a eleição.
A pergunta que os candidatos devem fazer aos seus marqueteiros gira em torno das necessidades de mudança para melhorar o desempenho atual. Isso vale para as três candidaturas que dividem o segundo lugar e até para o líder das pesquisas, que não tem vitrine na campanha pelo pouco tempo de TV. Os padrinhos políticos de Tramonte, Alexandre Kalil (Republicanos) e Romeu Zema (Novo), também não são boas referências nesse campo.
(*) Publicado no Jornal Estado de Minas
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