Eleitores depositam votos nas urnas, foto Tomas Silva, Agência Brasil
Disputa eleitoral sempre reserva desdobramentos e surpresas aos políticos, marqueteiros e aos pesquisadores. Tanto é que a pesquisa EM/Opus, divulgada nessa quarta (20), confirma que, a 6 meses e 17 dias da votação, 88% não sabem em quem votar ou preferem não responder. A definição está longe da cabeça do eleitor, e ele é o último a ser cobrado por isso. Ao contrário, a palavra final será mesmo dele. E são várias as razões da indefinição.
Primeiro, porque o quadro de futuros candidatos ainda não está definido. São apresentados nomes que estão na categoria de pré-candidatos e que, como de outras vezes, não chegarão a figurar na urna. No próximo dia 5 de abril, teremos uma predefinição do futuro quadro, quando se encerra o período de migrações e filiações partidárias. Haverá ainda um longo período de incertezas até o dia 5 de agosto, quando as candidaturas serão oficializadas.
Tudo somado, tudo pode acontecer até o dia em que eleitor e eleitora depositarem o soberano voto na urna eletrônica, testada e de comprovada confiabilidade. A própria campanha eleitoral é uma caixinha de surpresas. Já vimos de tudo, casos em que, da noite para o dia, a eleição se transformou e se definiu.
Por exemplo, já houve pré-candidato a prefeito de BH que foi descartado no último dia do registro de chapa depois de ser louvado em verso e prosa durante meses seguidos. Outro caso, um presidente nacional de partido veio a Belo Horizonte e puxou o tapete de seu candidato.
Alexandre Kalil fez história ao ser eleito e reeleito prefeito de Belo Horizonte em uma campanha totalmente atípica em 2016. Virou candidato de uma hora para outra. Em 2018, o empresário Romeu Zema passou a eleição tentando em vão ser ouvido. A três dias da votação de primeiro turno, manifestou simpatia por Jair Bolsonaro, então candidato a presidente, e saiu de 9% para liderar o primeiro e segundo turnos eleitorais, desbancando as então poderosas forças políticas da polarização tucano-petista. São alguns exemplos que podem servir de lições aos mais e aos menos encantados.
Nesse contexto distante, o campo da esquerda está muito fracionado, com três ou quatro pré-candidatos, para as eleições de Belo Horizonte, dificultando a vinculação ao lulismo. Essa situação facilita o oposto, à direita, onde dois nomes irão se vincular diretamente ao bolsonarismo.
O prefeito Fuad Noman (PSD) lançou oficialmente, ontem à noite, a nova Etapa do Orçamento Participativo, com estimativa de aplicar pelo menos R$ 73 milhões em obras de infraestrutura. A medida é um aceno ao campo da esquerda, especialmente aos petistas, que inovaram com a iniciativa. Para o evento, Fuad convidou o pai da criança, o deputado federal Patrus Ananias (PT), que implantou o OP em sua gestão como prefeito da capital (1993-1996). Por razões de agenda, o petista não compareceu.
(*) Publicada no Jornal Estado de Minas
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