O estresse de uns, o desespero de outros e as ilusões de alguns vão se agravar na reta final quando a campanha afunila por um empate técnico triplo. Situação muito grave aos corações mais fracos. Três dos 10 candidatos e candidatas mais bem pontuados nas pesquisas chegarão à boca da urna sem a certeza sobre qual deles irá ao 2º turno.
Nem mesmo o líder das pesquisas, Mauro Tramonte (Republicanos) está com a vaga garantida diante das movimentações finais. De acordo com os dados das últimas pesquisas (Datafolha 7919/24, Quaest 8280 e 7539/24, Atlas Intel 6581/24 e Verita 4362/24), Tramonte e os concorrentes Bruno Engler (PL) e Fuad Noman (PSD) são os três que têm chances de passar à disputa final. Quem irá (?) as pesquisas não ousam dizer. A maioria delas se resguarda para traçar o cenário na próxima semana, a última do 1º turno.
O empate para Tramonte não seria bom porque representaria, de um lado, queda na pontuação ou crescimento dos rivais; para esses, sinaliza avanço ou consolidação. Algumas situações desfavorecem Tramonte, como a narrativa frágil que o deixa sem musculatura, o pouco tempo na TV e rádio e o fraco desempenho nos debates.
Bruno Engler se ampara no bolsonarismo e nos aliados Nikolas Ferreira (deputado federal do PL) e Cleitinho (senador do Republicanos). Sem padrinho político, Fuad Noman aposta na própria gestão atual para avançar. Por figurar entre os três mais bem pontuados, está sendo beneficiado por movimento de dissidências pelo chamado voto útil, como adiantamos aqui no dia 19/9. Na terça (24), recebeu o apoio de dissidentes do PSB, partido que apoia o candidato do MDB, Gabriel Azevedo. Hoje (26/9), receberá manifesto de adesão do PV e de dissidentes do campo progressista, que estavam na coligação do petista Rogério Correia.
Pelo menos 10 institutos estão autorizados a divulgar suas pesquisas a partir do próximo sábado. Na semana seguinte, a última antes do voto soberano do dia 6 de outubro, igual número estará disponível. A maioria desses institutos engana seus clientes, apontando placar fora da realidade, ou estão em campanha também. A partir da segunda-feira que vem, deverá haver um alinhamento geral: nem mesmo os institutos vão querer errar e ficar fora do segundo turno.
Por aqui, ainda não há casos de agressões, pelo menos físicas, como as da capital paulista, mas o quadro de cá vai se assemelhando ao de lá. Bastidores dão conta de debandada de aliados e briga entre apoiadores e desses com marqueteiros. Restam quatro confrontos em debates, culminando com o da TV Globo no dia 3 de outubro, encerrando a campanha. Há candidatos que não querem ir aos confrontos diante dos riscos.
Na manhã desta quinta (26), a direção do PV e sua bancada estadual de cinco deputados irão participar do lançamento do manifesto pró-Fuad. Confirmaram presença o presidente estadual, Osvander Valadão, e os deputados Prof. Cleiton, Lohanna, Mário H. Caixa e Betinho. Embora o partido esteja federado ao PT, a bancada decidiu por consenso migrar para que “a capital não caia nas mãos de Zema (apoiador de Tramonte) ou de Bolsonaro (aliado de Engler)”. “Temos que ter responsabilidade com a cidade”, disse um deles.
Num gesto louvável, o candidato Rogério Correia (PT) pediu desculpas e corrigiu a lambança de sua campanha que tentou censurar jornalistas. Retirou as quatro ações judiciais protocoladas e divulgou nota reafirmando compromisso com a liberdade de imprensa e reconhecendo tratamento isonômico dos jornais na cobertura eleitoral. No mesmo dia, o Sindicato dos Jornalistas havia criticado a iniciativa, em nota, pontuando a defesa e correção dos profissionais.
Ainda assim, Rogério Correia voltou a escorregar na língua e demonstrar inabilidade política ante pressões dessa reta final. Ao ser perguntado sobre a dissidência de aliados, ignorou o fato e acusou os infiéis de estarem “na busca de empregos” na prefeitura. Mais cedo, teve reação mais saudável ao divulgar vídeo inspirado em canção do rei Roberto, exaltando a amizade e parceria, com imagens dele com o presidente Lula, ministros e outros.
Vice-presidente do Tribunal de Contas do Estado, o conselheiro Durval Ângelo defendeu a humanização do sistema prisional por meio das Associações de Proteção e Assistência aos Condenados (Apacs). São modelos alternativos prisionais que visam a ressocialização dos detentos. “Dentro de todo ser humano, moram dois cães em luta: um bom e outro mal. Vencerá aquele que for mais bem-alimentado. O princípio fundamental dessas instituições é saber que esses cães estão dentro de nós”, avaliou Durval, ao observar que as Apacs trabalham com recursos públicos, que devem ser bem aplicados e geridos de forma transparente. Em Minas, 46 Apacs são mantidas em convênios com o poder público. O conselheiro participou do evento “Diretrizes e ferramentas para a gestão financeira das Apacs”, realizado pela Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados.
(*) Publicado no Jornal Estado de Minas
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