Na tarde da terça (13), até o apresentador do Pânico, Emílio Surita, precisou contemporizar ante os arroubos do convidado, o empresário e criador do movimento Nas Ruas, Tomé Abduch. Em nome de uma representação do povo brasileiro que ele julga ter, chamou os deputados federais, genericamente, de “vagabundos”, em vídeo, ao convocar manifestação para o próximo dia 25 de agosto. E terminou a entrevista defendendo espécie de ‘golpe’ sobre o Supremo Tribunal Federal.
E não é um golpe como aquele que sua turma defendeu para derrubar uma presidente eleita e outros chefes de poderes igualmente eleitos. Agora, querem aplicar a mesma tática sobre o STF. Mais grave do que isso, dessa vez, trata-se de um ‘golpe militar’ sobre o Supremo. Como assim?
Não seria como disse o filho de Bolsonaro, Eduardo, que poderá ser o embaixador do Brasil nos EUA, de “fechar o STF com um soldado e um cabo”. hamar Convocação semelhante à dele, está exposta nas redes sociais. Um mineiro de Uberlândia (Triângulo), que, para amenizar o discurso raivoso, se diz psicólogo com vários livros publicados, abre o jogo. Na fala dele, convoca apoio da população, para o mesmo dia 15, a um golpe militar sobre o STF, por meio, segundo ele, Superior Tribunal Militar.
Eduardo Bolsonaro dá declaração polêmica sobre fechar o STF
Inicialmente, o empresário usou os microfones da rádio para convocar as pessoas para irem às ruas no domingo 25 de agosto. Como pauta, apontou o aumento do fundo partidário de R$ 1,7 bilhão para R$ 3,7 bilhões. Se diz contra o financiamento público porque apoia, na verdade, a influência do poder econômico sobre o poder político. Como empresário da construção civil, financiou parte da campanha da deputada federal eleita, Carla Zambelli (PSL/SP), mas a eleita disse que ele não pediu nada em troca.
Abduch, que se diz “pessoa de bem”, até baba quando fala do PT, que, segundo ele, receberá R$ 400 milhões de fundo partidário. Presente ao monodebate, o comentarista da emissora Carlos Coppola buscou dar equilíbrio ao lembrar que o PSL do presidente Jair Bolsonaro pulou de R$ 10 milhões em 2018 para R$ 100 milhões, neste ano, que não é eleitoral. E que, no ano seguinte (2020, eleitoral), terá também R$ 400 milhões.
A chamada era para o financiamento partidário, mas, a partir da metade do programa, o empresário passou a revelar suas reais intenções, convocando o povo para derrubar, pelo menos, quatro ministros do Supremo. Tomé disse que o STF não o representa, que o envergonha e que, se eles estão amparados na Constituição, a Carta Magna deveria ser refeita.
Elencou uma série de decisões do Supremo que o contrariou, a maioria ligada a casos que envolvem o ex-presidente Lula e petistas. Aprovou apenas uma, que o agradou como empresário, relativa à privatização de subsidiárias de estatais.
Novamente, Emílio recorreu ao humor, dizendo que ia colocar uma música do rei Roberto porque Abduch estava se comportando como candidato com discurso populista (de direita).
Como ele e o mineiro de Uberlândia, setores radicais do bolsonarismo tentam mobilizar as redes em protestos contra o Supremo. O modus operandi é o de sempre, com muita agressividade. Em um deles, pedem “o expurgo dos 11 cães que estão no STF” e falam, de novo, no fechamento do tribunal.
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