Pacheco, Kassab e Simões, fotos Andressa Anholete/Senado, Wilson Dias/ABr e Luiz Santana/ALMG
As principais lideranças (nacionais) do PSD mineiro – senador Rodrigo Pacheco e o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira – não podem reclamar de traição em seu partido. Há quase um ano, esta coluna revelou que o PSD e o adversário deles, o vice-governador Mateus Simões (ex-Novo), estavam negociando aliança e filiação. Em outra ocorrência, Pacheco chegou a pedir ao presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab, que não filiasse Simões no dia 15 de setembro passado. Foi atendido, mas o dirigente nacional percebeu que, pelo ritmo de Pacheco, a filiação do vice-governador só aconteceria na véspera das eleições.
Paciência tem limite. Por isso, o ingresso do ansioso Mateus Simões acontece hoje, mesmo com Pacheco e um ministro de Lula lá dentro. Constrangimentos à parte, o que vai acontecer hoje é mais um movimento nacional da política de Kassab. Ao rifar Pacheco e lançar Simões, Kassab faz uma ‘intervenção eleitoral paulista’ na política de Minas Gerais, definindo rumos. Ao permanecer no partido, o senador e o ministro ficaram cúmplices da manobra da qual também são vítimas. Não foram convidados ainda a sair, mas terão que buscar agora outro partido para continuarem a fazer política.
O que quer Kassab com a intervenção? Manter o PSD no campo da direita, por coerência dele, aqui e em São Paulo, onde apoiará a reeleição do governador Tarcísio Freitas, indicando a si mesmo como vice. O plano é facilitar sua chegada ao governo paulista em 2030. Que não se iludam Simões e Tarcísio, o projeto prioritário de Kassab não é eleger governadores, mas ser o dono da maior bancada federal e mandar no país, com um novo ACM.
A mudança de Simões para o PSD do rival Rodrigo Pacheco expõe o fracasso de seu ex-partido, o Novo. Fundador do que diziam ser a “nova política”, Simões sucumbiu a tudo aquilo que condenavam e chamavam de “velha política”. O Novo já faz, hoje, aliança partidária e quer usar o criticado fundo público partidário e eleitoral. Mais do que isso, uma de suas maiores lideranças troca de partido para, seduzido, continuar no poder. Para evitar o fim da linha do Novo, Zema vai para o sacrifício: ser candidato a presidente para tirar o partido da cláusula de barreiras.
Por ansiedade, Simões é o primeiro, talvez o único, candidato a governador que mudou de partido antes da definição da disputa nacional. E se Kassab mudar e voltar a apoiar a reeleição de Lula (PT)? Será a vez de Simões e seus aliados saírem do partido.
Pacheco ainda tenta uma porta de saída por cima. Enquanto o presidente Lula não anunciar o nome do novo ministro do STF, ele continua no páreo. O ministro Alexandre Silveira quer ser candidato a senador e até alimenta o delírio de entrar na chapa de Simões. Como ministro, está no campo de Lula e não será aceito por partidos que estão do lado oposto. A indefinição como a ilusão não aponta caminhos. Tá na hora de ter posição.
Alguns nomes expressivos do PSD mineiro estão defendendo o nome de Pacheco para ser ministro do Supremo na vaga do apressado Luís Barroso. Dizem eles que o senador merece, tem competência e notável saber jurídico. Batem e assopram. Querem mesmo é tirar Pacheco da disputa para governador.
Os governistas ficaram empolgados com a aprovação da venda da Copasa na calada da madrugada de sexta-feira (24). Avaliam que poderiam fazer o mesmo com a Cemig. A derrota da oposição, que contava 24 e ficou com 18 magros votos, foi da perplexidade à desilusão. Do PL, Sargento Rodrigues e o cabo Caporezzo, do Atlético, Caixa (PV), e Elismar Prado (PSD) não apareceram para votar e Betinho Duarte (PV) votou contra seu grupo e a favor de Zema.
Ressuscitador do Café Nice, no centro de BH, em parceria com a CDL-BH, o ex-vereador Gabriel Azevedo (MDB) comeu o prato Rochedão e saiu em defesa do S.O.S. Bolão (tradicional restaurante), ameaçado de fechar. Candidato a alguma coisa, o ministro Alexandre Silveira pensou em fazer o mesmo. O problema do amado Bolão, da Praça Duque de Caxias (Santa Tereza), não é a questão financeira do negócio. O prédio que acolhe o ponto mais querido do fim de noite de BH, que é tombado, vai parar para reformas. Nada se sabe de seu futuro. Até lá, a família Rocha continuará a vender o delicioso espaguete em outros três endereços.
Na falta de projetos para a cidade e do que fazer, a maioria dos vereadores aprovou e o prefeito de BH, Álvaro Damião, sancionou o projeto de lei que institui o ‘Dia Municipal da Fidelidade Conjugal e do Casamento Monogâmico Cristão’ na capital. A data passa a ser comemorada em 18 de maio, data que passa a integrar o calendário de BH.
Quando você usa Chat GPT, gasta 10 vezes mais energia elétrica e água do que recorrer ao Google. O alerta é da ex-ministra do TSE Edilene Lôbo no estudo que virou livro (Encruzilhadas: tecno-oligarquias, democracia e ameaça ambiental) e que assina com o presidente do Tribunal de Contas de Minas, conselheiro Durval Ângelo, o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o ministro do Superior Tribunal de Justiça Paulo Dias de Moura Ribeiro. O estudo analisa os impactos ambientais da ultratecnologização da política e da vida. Tudo começou com uma discussão entre eles sobre o papel desses tribunais na defesa da democracia. Para saber mais, assista hoje, às 20 horas, a entrevista de Edilene Lôbo no Podcast Se Liga, Minas!, na TV Banqueta, canal 6 da Net Claro.
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