Mesmo vitoriosa ao conquistar o quarto mandato à frente da Prefeitura de Contagem (Grande BH), Marília Campos decidiu não ser candidata a governadora em 2026 por conta da rejeição ao PT. De acordo com ela, o antipetismo impede a volta de seu partido ao governo. “Minha vitória foi estupenda em Contagem, mas não seria vitoriosa em Minas pelas minhas características. Eu tenho a consciência e a humildade necessária para reconhecer isso. Eu sou do PT; o antipetismo é muito forte”, diagnosticou a prefeita, acrescentando que também não adianta trocar de partido. “Porque o PT não sairá de mim, eu tenho a estrela carimbada na minha testa. É a minha história”.
O antipetismo é tão forte que, segundo ela, impediu que sua votação, que foi de 60% nessa reeleição, alcançasse sua aprovação de 80%. Diante disso, a petista defende uma candidatura de centro, para, além de ganhar, “conseguir governar e tirar Minas do atoleiro”. “Não pode ser um projeto que comece na defensiva. Precisamos de alguém para Minas que seja de centro, que resgate o desenvolvimento com sustentabilidade, mas que não carregue essa rejeição por ser do PT. Eu sou do PT e sei o que é o antipetismo”.
Admitiu que gostaria de ser candidata a governadora, porém, mais do que isso, quer um novo projeto para Minas. “Eu sonho com um projeto de alguém que consiga dialogar com os 853 municípios, com toda a diversidade geográfica, política e social. Tem que ser alguém de centro. O melhor perfil é o do senador Rodrigo Pacheco (PSD). Tenho orgulho de dizer que ele tem a estatura que o Estado precisa. Eu sou rodriguista .Vou trabalhar para convencê-lo”, adiantou ela ante a conhecida resistência do senador.
Nesta semana, Marília e o também reeleito Fuad Noman (BH) se reúnem para discutir obras para a Grande BH. Uma delas é a construção conjunta de alça próxima à Arena MRV, no Bairro Água Branca, para facilitar o acesso e trânsito de quem vai ao estádio, de moradores e de quem passa por ali.
Após se recusar a debater com o governo federal e governadores sobre a segurança pública, Zema gravou vídeo para redes sociais, desqualificando a iniciativa federal e atacando o Judiciário. Segundo ele, a polícia prende e a Justiça solta e que ela ainda descondena os condenados em decisões judiciais das quais discorda politicamente. Apesar do discurso político-eleitoral, o governador não faz o dever de casa. Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros recorrem aos municípios para atuar.
São os prefeitos que bancam prédios, aluguel, gasolina, convênios, entre outros pedidos feitos pelos órgãos de segurança. Se tivesse ido a Brasília, Zema poderia, pelo menos, reivindicar recursos para, por exemplo, equipar as forças de segurança e contratar câmeras para as cidades e as escolas. Os municípios que adotam esses equipamentos o fazem com recursos próprios, sem dinheiro estadual.
Em outra omissão, Zema diz que não aceitará fazer a cobrança do novo DPVAT (seguro obrigatório) junto ao IPVA porque é de oposição ao governo federal. Com isso, faz renúncia fiscal, o que é vetado pelo regime de recuperação fiscal ao qual aderiu por dificuldade financeira, abrindo mão de recursos e afetando a mobilidade.
Parte dos recursos do novo seguro é destinado ao transporte público, lembrando que 70% desse serviço na Grande BH é do Estado. Novamente, empurra para os municípios a solução sobre ônibus sucateados e deixa de investir em um dos mais graves problemas metropolitanos de hoje.
Está parado na Assembleia, aguardando aval da Fazenda estadual, projeto que transfere o pagamento da primeira parcela do IPVA de 2025 de janeiro para fevereiro. A maioria dos deputados é favorável à proposta que é defendida pela Federação do Comércio (Fecomércio-MG), convencida de que, dessa forma, as vendas no setor seriam maiores em janeiro. “Todos saem ganhando, gera mais ICMS e reduz a inadimplência no mês de maiores gastos do contribuinte”, observou o relator da matéria, deputado Roberto Andrade (PRD).
Depois do sucesso de crítica eleitoral, o livro “Cobiça”, de autoria do prefeito reeleito de BH, Fuad Noman (PSD), vai virar filme. A Netflix deu sinal verde para a construção do roteiro e busca de financiamento (Lei Rouanet). Na campanha eleitoral, o rival Bruno Engler (PL) usou trechos do livro para desconstruir Fuad politicamente. Saiu pela culatra na disputa e depois dela, com a vingança da cultura.
Chega amanhã às mãos de Fuad Noman a lista dos infiéis de vereadores eleitos e não eleitos que não o apoiaram na campanha. A lista servirá como vacina contra o intenso assédio por cargos na próxima gestão, até porque ali não cabe todo mundo. A situação não é incomum. Quando tomou posse, em 1999, o então governador Itamar Franco recebeu comitiva do PSB mineiro.
O então deputado Chico Rafael manifestou apoio à gestão e alertou o governador contra os infiéis. Itamar o interrompeu, dizendo: “Eu sei muito bem quem me apoiou e não apoiou, como o senhor”. O cafezinho do deputado esfriou rapidamente.
(*) Publicado no Jornal Estado de Minas
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