Bolsa de Valores questionou operações atípicas de R$ 769 milhões com ações da Gerdau - Crédito: Reprodução/YouTube
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em respostas às acusações de corrupção em seus governos 2002-2006 e 2007-210, respondia mesma coisa. “Não sabia de nada”. Essa era a reação frequente do político nos inquéritos e audiências das investigações da Operação Lava Jato. Na Bolsa B3, as companhias também nunca sabem o porquê de interesses atípicos por suas ações nos pregões.
Lula foi condenado e preso (abril de 2018) pela Justiça de 1ª Instância. O Supremo Tribunal Federal (STF), entretanto, determinou soltura e anulação dos julgamentos dos processos. A Corte entendeu que o foro não deveria ser Curitiba (PR), mas São Paulo. STF, entretanto, não o absolveu, apenas determinou novo foro para julgamento dos processos. Todavia, só reabrirá os processos após Lula sair da presidência, em janeiro de 2027.
No mercado da Bolsa de Valores B3 (Brasil. Bolsa. Balcão) acontece algo parecido. Toda vez que há movimentação financeira considerada “atípica” com ações do capital de uma companhia listada, a B3 questiona. Por vezes, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), autarquia federal e reguladora do mercado.
As companhias consultadas, em geral, respondem de modo padronizado: dizem desconhecer “quaisquer fatos que possam justificar” tais atipicidades. As autuações da Bolsa e da CVM viraram meros fatos recorrentes, pois, raramente resultam em investigação e e/ou punição.
Pois bem. Nos pregões de 22 de dezembro e 09/01, a B3 desconfiou das “oscilações registradas” em valores com as ações preferenciais (PN) da Metalúrgica Gerdau S.A (Grupo Gerdau). As transações, de R$ 769,368 milhões, ocorreram em dez pregões, até às 16h41 de 09/01.
A Gerdau, em resposta ao pedido de justificativa, seguiu o mandamento miliciano do pregão. “A Companhia não tem conhecimento de quaisquer fatos que possam justificar eventuais oscilações atípicas na movimentação de ações da Companhia”. O documento à B3 foi assinado pelo vice-presidente executivo e diretor de Relações com Investidores, Rafael Dorneles Japur.
A siderúrgica gaúcha, entretanto, puxa um rosário de situações mal resolvidas pela dupla B3-CVM. É comum, entretanto, os questionamentos serem filhas da pressa de mostrar serviço.
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