Política

Sindicatos projetam protestos contra reforma de Zema em prédios de BH

Em tempos de pandemia, os servidores públicos encontraram meio de fazer protesto contra a reforma da previdência do governador Romeu Zema (Novo) sem promover aglomerações.

Numa ação inédita, foram realizadas projeções contra as mudanças na aposentadoria. A iniciativa é do Sindicato dos Servidores do Ministério Público de Minas Gerais (SINDSEMPMG). E parceria do Sindicato dos Servidores da Justiça de Primeira Instância do Estado de Minas Gerais (SERJUSMIG).

Foram três dias de exibição de grandes projeções de charges de autoria de dois renomados chargistas do país, Carlos Latuff e Duke, em prédios e espaços públicos de Belo Horizonte. A ação faz parte dos protestos das entidades sindicais representativas do funcionalismo público contra a Reforma da Previdência encaminhada pelo governador à Assembleia Legislativa.

Frases também foram usadas em prédios

Frase projetada na Serra do Curral manifestação rejeição à reforma, foto site do SINDSEMPMG

Além das charges, foram projetadas frases como “Zema, combata a sonegação e não o serviço público”, “sem servidor não há serviço público”. E mais, “cidadão e servidor público com orgulho, contra as reformas de Zema” que também estamparam os paredões.

As imagens foram projetadas em locais icônicos como o paredão da Serra do Curral e o Edifício JK, além de outros prédios com grande visibilidade em endereços estratégicos e movimentados como Av. Olegário Maciel, Bias Fortes e Via Expressa.

A proposta de reforma tem, nesta quarta (12) mais uma etapa de sua tramitação na Comissão de Trabalho e Previdência do Legislativo. As novas regras propostas pelo governo para a aposentadoria dos servidores estaduais têm causado controvérsia entre deputados, representantes do funcionalismo e gestores do Poder Executivo.

Debate para discutir previdência na Assembleia

Mais uma das projeções contra a reforma de Zema na Praça Raul Soares (BH), foto SINDSEMPMG

Por isso, a Assembleia Legislativa promove mais um debate sobre o assunto, nesta quarta (12), em audiência pública da Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social.

A deputada Marília Campos (PT), que solicitou a audiência em companhia do presidente da Comissão do Trabalho, deputado Celinho Sintrocel (PCdoB), vai comandar a reunião.

Também participará presencialmente do debate a diretora do Sindicato dos Servidores do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado, Antonieta Faria.

De forma remota, vão apresentar suas contribuições Otto Levy, secretário de Estado de Planejamento e Gestão, o deputado Flavio Serafini, da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. E mais, Denise Romano, coordenadora-geral do Sindicato Únicos dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE), João Diniz Júnior, ex-presidente do Ipsemg. Além deles, Moisés Melo, presidente da Associação dos Contribuintes do Ipsemg.

LEIA MAIS: Sob pressão, Câmara de BH e Assembleia paralisam reforma da Previdência

Orion Teixeira

Ver Comentários

  • Mto criativo. E todos têm o direito de expressar, ainda mais quando está sendo tramitada uma reforma que irá impactar uma determinada classe. Isso independe do mérito se é justo ou não.

  • Brasileiro é um sujeito burro, imbecil e ingenuo mesmo. Quando tem um governante (seja estadual ou federal) que rouba os cofres publicos, arrasa a economia, desvia dinheiro para amigos brasileiros e estrangeiros e fortalece economicamente seus partidos, ninguem reclama nada, nem imprensa esquerdalha, nem sindicatos, nem ONGS, nem professores, nem estudantes e nem artistas. Quando chega um governante querendo moralizar e corrigir os rombos parece que meio mundo vem abaixo. Incrivel isto!!!

  • A reforma da previdência atingiu todos os trabalhadores CLT, que ganham em média menos do que os servidores públicos. No geral servidor público produz pouco (salva as exceções), ganha muito (comparado ao setor privado), tem estabilidade e diversos benefícios. Devem ter sua parcela de contribuição, a previdência estadual hoje consome quase tudo que se arrecada, e nunca será uma solução aumentar a arrecadação, porque já pagamos impostos de mais.

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