Rodrigo Pacheco, STF ou Governo de Minas: eis a questão, foto Andressa Anholeti/Agência Senado
Chamado de “futuro governador”, na quinta passada pelo presidente Lula, em terras mineiras, o senador Rodrigo Pacheco (PSD) reagiu parcial e protocolarmente ao incentivo. Manteve o script e o figurino, foi um dos poucos que trajava terno e gravata como se estivesse em sessão no Senado. No discurso, correspondeu ao clamor ao invocar a união de todos por Minas: “Gostaria de invocar para que estejamos unidos na reconstrução do estado”.
A mensagem foi animadora, mas ele ainda manifestou desabafo e mágoas pela maneira como foi e tem sido tratado, especialmente por bolsonaristas. As opções têm preço, mesmo para quem escolheu ficar do lado da democracia.
Apesar do apoio presidencial, que traz junto ministros, a centro-esquerda e até o PT, Pacheco não está convencido de suas chances. Como outros políticos, tem medo de perder para Cleitinho Azevedo, senador e pré-candidato, pelo que isso representaria. Alimentando suas dúvidas e desejos, Pacheco quer mais certezas do que riscos. Por isso, o desejo de ser indicado ministro do Supremo Tribunal Federal converge para sua vocação anterior, de jurista, e não traria os riscos inerentes à disputa política.
Há um movimento no Congresso Nacional, liderado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União), em favor de sua indicação ao STF. Como a nomeação passa pelo Senado, Alcolumbre já teria dito que só aceitará a indicação de Pacheco para a próxima vaga. Essa oportunidade se daria com a possível saída do atual presidente da corte, Luís Roberto Barroso, que poderia antecipar a compulsória. Tudo somado, Pacheco é hoje um jurista político dividido: ser ou não, eis a questão!
A opção de Zema em sua pré-campanha presidencial tem atrapalhado a trajetória de seu pré-candidato a governador, Mateus Simões (Novo), atual vice-governador. O argumento de que cada um tem estratégia e projetos distintos não vai colar. O principal trunfo de Simões é Zema, para o bem e o mal, pelos quais terá que responder em sua futura campanha. E o que se vê é Simões descolado das decisões do governo Zema, especialmente na comunicação. Na semana passada, o marqueteiro de Zema, Renato Pereira, esteve na capital e deu pitacos na comunicação oficial e até ouviu alertas contrários à sua avaliação de desprezar a mídia de TV nas campanhas oficiais. Simões já assumiu o governo, mas não sua comunicação.
De duas, uma: ou o governo pressionou o procurador, o mais provável, ou esse levou a gestão ao erro ao contestar a decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que suspendeu a privatização da MG-10 em favor da cobrança de pedágios na Grande BH. A decisão cristalina de dois magistrados, como a juíza Rosimere Couto e o desembargador Fábio Torres, confirmam em 1ª e 2ª instâncias do Judiciário a decisão técnica do TCE e do conselheiro Agostinho Patrus. Resta a Zema, agora, pedir a mesa de conciliação do TCE, depois de refazer seu edital de licitação. O governo não está sendo proibido de cobrar pedágios na Grande BH, mas terá que, antes, seguir a lei e saber que, em Minas, também há juízes e juízas.
O lançamento improvisado da candidatura a governador, pelo MDB, de Tadeu Leite (atual presidente da Assembleia), não contou com o aval dele. Apesar da timidez e mineiridade citadas, a política requer articulação e planejamento. A iniciativa partiu do ousado presidente do MDB de BH, Gabriel Azevedo, e foi minimizada pelo próprio Tadeu Leite, ao pontuar que está focado, antes de tudo, na aprovação do Propag, o projeto que renegocia a dívida de Minas com solução histórica. Não há dúvidas de que Tadeuzinho tem desejos, mas quer evitar, agora, que a antecipação eleitoral o contamine. “Quem pensa em 2026, está no time errado”, sentenciou ele.
Pelos vídeos postados pelo prefeito de BH, Álvaro Damião (União), que está retido em Israel por conta de confrontos com o Irã, nota-se que há reprovação geral de sua viagem àquele país. Nas redes sociais, os comentários são os mais negativos possíveis. Ainda assim, o prefeito recorre à sua expertise de repórter para atender a veículos aliados. Damião foi a Israel, em sua terceira viagem internacional em só seis meses de gestão. Primeiro, foi ao Peru; depois foi a Berlim assistir à final da Champions League e para reunião com o governo alemão (que até hoje não foi divulgada), e, agora, Israel. O tema segurança esteve presente nessas agendas.
Levantamento revela desabastecimento grave e crítico de imunizantes em quase 90% dos municípios mineiros. O alerta é da Associação Mineira de Municípios (AMM). Pesquisa realizada com 190 prefeituras apontou que 89,5% enfrentam falta da vacina contra varicela (catapora), com registros de atraso superior a dois anos em várias regiões. Também há escassez da tetraviral (30,8%), contra a Covid-19 para crianças (32%) e adultos (23,8%), dengue – Qdenga (25,6%) e Mpox (16,3%). O cenário compromete o calendário vacinal oficial, amplia filas de espera e coloca em risco o controle de doenças antes erradicadas. “Estamos diante de uma crise de saúde pública que não pode ser ignorada”, afirmou Luís Eduardo Falcão, presidente da AMM e prefeito de Patos de Minas (Alto Paranaíba).
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