Política

Xadrez da eleição ao governo de Minas Gerais em 2022 já está sendo jogado

O tempo da política é diferente. Temos pela frente uma eleição municipal, marcada para novembro, quando serão escolhidos os novos prefeitos dos cerca de 5.700 municípios brasileiros. Mas alguns caciques da política mineira já estão trabalhando de olho na eleição para o governo de Minas em 2022.

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, é candidato à reeleição e aparece, dizem as pesquisas feitas até agora, como franco favorito. Caso sejam confirmados os resultados desses levantamentos (embora não se ganhe eleição de véspera) e confirmada sua vitória, assumirá o segundo mandato fortíssimo para a disputa de 22.

Pragmáticas, lideranças de oposição reconhecem a força do prefeito, que pode ser maior caso seja reeleito, e decidiram entrar em campo para não ficar a ver navios na disputa pelo governo – como está ocorrendo com os candidatos oposicionistas na disputa pela prefeitura de BH, que simplesmente deixaram de fazer oposição ao prefeito e estão com enormes dificuldades para se viabilizarem como alternativas. E quem diz são as pesquisas.

Segundo turno

O objetivo é claro: se a vitória de Kalil à reeleição for mesmo inevitável, que ela não seja tão fragorosa, a ponto de colocá-lo com muita antecedência como favorito para a disputa ao governo de 2022. Para tanto, é preciso fazer um esforço para dar um certo gás a alguns candidatos que farão oposição ao atual prefeito na sucessão municipal para, pelo menos, levar a disputa para o segundo turno.

Um dos líderes desse movimento é o senador Rodrigo Pacheco (DEM), que já trabalha intensamente sua candidatura ao governo para 2022 – levando para prefeituras do interior o que os prefeitos mais querem e gostam: verbas para obras públicas, que ele tem conseguido junto ao governo federal.

Mas integram também o grupo grandes empresários mineiros, muitos deles ligados ao setor da construção civil e pesada. Afinal, política não se faz simplesmente com ideias e boas intenções. É preciso dinheiro e quem tem é o empresariado.

Esse grupo avalia dar algum tipo de sustentação para alguns pré-candidatos à prefeitura de Belo Horizonte. Entre eles: João Vitor Xavier (Cidadania), Bruno Engler (PRTB), Luísa Barreto (PSDB), Marcelo de Souza (Patriota), Rodrigo Paiva (Novo) – sim, até o candidato do governador Zema entrou no jogo.

Kalil não pode sair dessa eleição muito grande”, resume um dos líderes do grupo. Vai dar certo? Concretamente, os primeiros frutos dessa articulação só poderão ser colhidos em 15 de novembro, quando for divulgado pelo TRE o resultado do primeiro turno da eleição em Belo Horizonte.

P.S – Embora não participe dessa articulação (pelo menos por enquanto), o enfraquecimento do prefeito Kalil interessa muito ao governador Romeu Zema, candidato à reeleição em 2022.

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Ricardo Campos

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