Sem dar conhecimento à Assembleia Legislativa, o governador Romeu Zema (Novo) fez, nessa terça (25), comunicado ao mercado, reafirmando intenção de privatizar a Copasa. É uma formalidade técnica, que trata de consulta e de estudos para avaliar o impacto da medida. O governador sabe que não pode privatizar a empresa sem a autorização legislativa e de aprovação popular por meio de um referendo.
Ainda nesta quarta (27), Zema disse que pretende enviar à Assembleia Proposta de Emenda à Constituição para retirar a exigência de consulta popular do texto constitucional. Para isso, precisa de 48 dos 77 deputados estaduais. A maioria deles tem resistência à proposta de privatização.
Tudo somado, a iniciativa sinaliza também mudança na estratégia política do governador. Antes, ele buscava construir apoio político para viabilizar seu projeto privatizante e liberal. Fracassou duas vezes e trocou o secretário da articulação política (de Governo). A partir de agora, Zema desistiu da busca de apoio político e fará o contrário.
Primeiro, saiu o ex-deputado Custódio Mattos (PSDB), que foi substituído pelo deputado federal Bilac Pinto (DEM) na articulação política. Agora, o governo está na terceira formação, escalando Igor Eto (Governo) e Mateus Simões (Secretaria Geral), ligados ao governador e ao Partido Novo.
Vai enviar seus projetos, tendo ou não apoio político. Zema se cansou de buscar sustentação sabendo que ela não virá. Seu próprio partido tem apenas três deputados e, desses, um não é alinhado. Tudo indica que Zema vai apostar suas fichas no projeto que o elegeu, convencido de que os mineiros ainda o aprovam. Se não conseguir implantá-lo, poderá dizer que não foi culpa sua, mas da falta de apoio político dos deputados estaduais.
Alguns deputados avaliaram que a não comunicação do fato relevante da Copasa à Assembleia representou falha na articulação política. O vice-líder do governo na Assembleia, deputado Guilherme da Cunha (Novo), fez a defesa de Zema. Reafirmou que a companhia e o governo não têm recursos suficientes para investir.
“A minha preocupação é com o cidadão mineiro que, hoje, não tem água tratada na torneira. De ver, às vezes, criança morrendo por doenças absolutamente evitáveis. Por conta da impossibilidade de o estado e a Copasa investirem na universalização e da impossibilidade dos próprios municípios de fazer o investimento. Minha preocupação é com o cidadão mineiro”, disse ele.
Já o líder da oposição, deputado André Quintão (PT), adiantou que o projeto de mudança na Constituição enfrentará resistência na Assembleia. “A Copasa cumpre uma finalidade social, tem o subsídio cruzado, tem as suas subsidiárias. Temos que aperfeiçoar o trabalho da Copasa. Privatizar a prestação de um serviço essencial no meio de uma pandemia e com os efeitos da pandemia que são imensuráveis, acho que é um equívoco. Terá nossa oposição na Assembleia”, afirmou.
Se for bem-sucedido, ele espera faturar até R$ 6,5 bilhões com a venda da estatal, que corresponde, hoje, a duas folhas de pagamento da folha salarial dos servidores estaduais. Apesar do momento atípico, por conta da pandemia do coronavírus, o mercado reagiu bem ao comunicado. As ações da Copasa apresentaram alta de 8%.
Zema retoma linha de confronto ao tentar parcelar repasse aos poderes
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Zema sabe também que os seus vetos a recomposição salarial dos policiais serão derrubados.
Pode acompanhar e ver o desfecho disso! Como é um projeto honesto e para o bem de MG, os deputados serão contra o projeto e não o aprovarão. Fosse para criar privilégios a deputados e magistrados mineiros ou utra trapaça, estava no papo!
A COPASA tem lucro. Portanto tem diversos investimentos (projetos) em andamento! Privatizar é um crime contra o povo mineiro! Principalmente contra os mais pobres, principalmente das cidades deficitárias! Estão tentando assaltar os cofres mineiros!
O que importa não é o lucro e sim o SERVIÇO prestado que é o objetivo de uma estatal,mas no caso da copasa FALHA miseravelmente http://appsnis.mdr.gov.br/indicadores/web/agua_esgoto/mapa-esgoto é só ver esses dados da SINS é miserável a quantidade de esgoto não tratado e pessoas sem acesso a água.
O Ruan você acredita que a iniciativa privada vai colocar dinheiro onde não tem retorno?
Não foi o discurso liberal que o elegeu, mas a onda bolsonarista. Ou você esqueceu do "bolsozema"? O mundo viverá uma onda de restatização para aguentar a crise e ele quer fazer o contrário em MG. Água é recurso estratégico! Vender a Copasa é um crime! Que o governo de MG fiscalize a Copasa para não ter corrupção e perdas, e chame para a gestão quem entende do assunto. Mas não venda o que é patrimônio nosso.
Claro que foi,onda de "restatização" isso não existe ou é estatal ou é privado para "restatizar" significa roubar da iniciativa privida à força ou comprar o que não é possível nesse momento de crise econômica e a questão no saneamento básico é na maioria dos países "bons" é privada por exemplo o chile https://www.saneamentobasico.com.br/saneamento-privado-no-mundo/ com 94% de empresas privadas relativas a isso. https://cadernomercado.com.br/chile-tem-94-de-participacao-privada-no-setor-de-saneamento/ outra fonte.
TEM SANEAMENTO BÁSICO UNIVERSAL,diferente do brasil...
Você está enganado. Todos os lugares no mundo em que o saneamento foi privatizado tiveram que voltar atrás. Isso inclui Paris, Berlim, Argentina, Espanha, cidades da Califórnia, etc, etc, etc.
Quanta mentira
Basileiro vive no coco e tem celular.. se as empresas de celular ainda fossem estatais o pobre não tinha esgoto nem celular
Comida é estratégico e não vejo o governo sendo dono de supermercado.
BOA...
0 Cabideiro vai ser privado.
Menos uma coisa pra gerenciar e pra dar pra politico
O Estado tem que focar nas prioridades como Saúde, Educação e Segurança..
Estatal é cabe de emprego e poço de corrupção.... por isso politico não gosta de privatizar.
Parabéns Zema!!!
Parabéns Zema, concentre toda a atividade do Estado no que realmente importa que é a educação, saúde e segurança pública e deixe a iniciativa privada investir bilhões em Minas gerando muito mais empregos, impostos e serviços. Chega de cabides de empregos para políticos e partidos sem escrúpulos.