Agostinho Patrus repassa cheque para Zema em evento na Assembleia, foto Victor Oliveira/ALMG
Contra a vacina tartaruga do governo federal, o governador Romeu Zema (Novo) admitiu, nessa terça (23), juntar-se a outros estados para adquirir o imunizante por conta própria. A declaração foi dada ao receber incentivo e um cheque (simbólico) de R$ 80 milhões da Assembleia Legislativa para melhorar a vacinação contra o coronavírus em Minas.
Ao repassar o recurso, o presidente da Assembleia Legislativa, Agostinho Patrus (PV), afirmou que os R$ 80 milhões são suficientes para comprar 4,7 milhões de doses da vacina. O valor é resultado de economia feita pelo Legislativo mineiro em 2020, razão pela qual foram devolvidos ao Estado. A compra direta do fármaco foi autorizada no mesmo dia pelo Supremo Tribunal Federal.
Em dezembro último, Agostinho havia adiantado que a verba economizada em 2020 pela Assembleia poderia ser usada para a compra de vacinas contra a COVID-19. Outro apoio ao governo mineiro veio naquele mês. Os deputados aprovaram projeto de lei que garante a vacinação em Minas e até a compra do fármaco no exterior, desde que aprovado por agência semelhante à Anvisa do país do fabricante.
Ainda assim, Zema acredita que a União irá repassar para Minas, no próximo mês, o triplo de vacinas enviadas em janeiro e fevereiro. Adiantou também que o montante economizado pela Assembleia será integralmente destinado à área da saúde. Até porque, segundo ele, os repasses federais para o setor ainda não chegaram em 2021.
“Quero agradecer enormemente essa ajuda, que vem em um momento tão oportuno. Agradeço essa economia, que é um exemplo para todo o Brasil”, declarou o governador, admitindo investi-los na demanda crescente de atendimentos em enfermarias e UTIs. Ele referia-se ao recrudescimento da pandemia de Covid-19 em Minas e no país.
Essa não foi a primeira vez que Assembleia Legislativa devolveu recursos ao Poder Executivo. Em solenidade semelhante à dessa terça, Agostinho Patrus (PV) entregou outros R$ 46 milhões ao governador em dezembro de 2019. Na ocasião, os deputados recomendaram ao governo que investisse os recursos na área da saúde; a pandemia chegou quatro meses depois.
Também no ano da pandemia, outras iniciativas da Assembleia foram feitas para ampliar os investimentos públicos em saúde. Como exemplo, o redirecionamento de emendas parlamentares, no valor de R$ 300 milhões, e a destinação de quase R$ 2 milhões para financiar consultas médicas e outras ações da UFMG.
“Em meio a tantas adversidades que enfrentamos em nosso Estado, é um dever de todos contribuir”, disse o presidente da Assembleia, ao citar mortes provocadas por chuvas e inundações.
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