A Medalha da Inconfidência é a mais alta honraria do Estado, foto Gil Leonardi/Imprensa MG
O governador Zema (Novo) não cumpriu a promessa que fez, no dia 15 de fevereiro de seu 1º ano de governo, de cortar 10 das 11 medalhas condecorativas do Estado. Ao contrário, inovou, colocando em risco até o slogan de sua gestão: “Estado diferente, governo eficiente”. Como não conseguiu comprar as medalhas a tempo, Zema vai entregar espécie de vale-medalha às 171 personalidades que irá homenagear neste 21 de abril.
Os agraciados estão sendo convidados e comunicados de que serão homenageados, mas que não receberão a medalha nesta quinta, mas em outra ocasião. No convite, por conta disso, ainda deixa a critério do agraciado ir ou não a Ouro Preto para participar da cerimônia dos 233 anos da Inconfidência Mineira.
Entre eles, está o presidente do Congresso Nacional, senador mineiro Rodrigo Pacheco, que receberá o Grande Colar, a mais alta condecoração da Inconfidência. Além dessa categoria, serão concedidas outras três: 27 Grandes Medalhas, 75 Medalhas de Honra e 68 Medalhas da Inconfidência.
Em fevereiro de 2019, Zema anunciou aos quatro cantos que iria economizar “alguns milhões de reais” com o corte das medalhas. De acordo com seu governo, em 2018, na gestão do antecessor (Fernando Pimentel, do PT), foram gastos mais de R$ 3,3 milhões para entrega das medalhas. Ainda hoje, são 11 o número de honrarias existentes em Minas, conforme lei.
À época, a intenção de Zema era manter apenas a entrega da Medalha da Inconfidência, que acontece, tradicionalmente, em 21 de abril, em Ouro Preto. “Esta é mais uma medida da nova gestão para reduzir gastos desnecessários e investir em áreas essenciais, perseguindo sempre o equilíbrio das contas para colocar em dia os compromissos do Estado. “Vamos reconhecer quem merece, economizando o dinheiro que os mineiros pagam em impostos”, afirmou o Romeu Zema. A promessa não foi cumprida.
A honraria que demanda mais recursos é o Dia de Minas, em Mariana, realizada todos os anos em julho. Segundo o governo, em 2018, foram gastos R$ 714 mil com o evento. A segunda que gera mais gastos é a da Inconfidência. Naquele ano, o valor pago para a realização do evento foi R$ 631.959. Veja abaixo as medalhas em 2018, segundo Zema sobre o governo Pimentel.
Medalha Dia de Minas Mariana – R$ 714.478
Medalha da Inconfidência – R$ 631.959
Entrega de Medalha JK – R$ 416.067
Medalha Santos Dumont – R$ 389.399
Medalha Matias Cardoso – R$ 277.477
Comenda Antônio Secundino – R$ 175.429
Medalha Chico Xavier – R$ 137.217
Medalha Teófilo Otoni – R$ 88.312
Medalha do Mérito da Defesa Civil – R$ 77.607
Medalha Calmon Barreto – R$ 37.867
Medalha do Mérito da Advocacia Geral do Estado – R$ 1.320
Gastos com a compra de medalhas em 2018 – R$ 263.898
Diárias do governo – R$ 90.273
Sobre o assunto, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Agostinho Patrus, divulgou a seguinte nota:
“A presidência do Conselho Permanente da Medalha da Inconfidência esclarece que não haverá entrega de medalhas durante a solenidade em Ouro Preto, marcada para esta quinta-feira, dia 21 de abril, como já informado pelo Governo do Estado.
A homenagem aos agraciados ocorrerá no Palácio da Inconfidência, na sede do Parlamento mineiro, em Belo Horizonte, em data ainda a ser marcada.
Informamos, também, que o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco, comunicou, assim que recebeu o convite pelo Conselho da Medalha para ser orador da cerimônia, impossibilidade de comparecimento a Ouro Preto, por motivo de viagem oficial à Portugal”.
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