Economia

Aumento da taxa de juro é balde de água fria para setor produtivo

Apesar da elevação do PIB no 1º trimestre de 2021, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a elevação dos juros por receio de futuras pressões inflacionárias. Elevou a Selic de 3,50% para 4,25% ao ano. A possível crise de abastecimento de energia no segundo semestre também paga a conta da má influência. A reprovação é generalizada com a medida, especialmente no setor produtivo da economia, por não incentivar a crença na retomada do crescimento econômico.

“Vivemos uma realidade de inflação em alta, desemprego elevado e uma economia real que ainda não conseguiu se reerguer dos efeitos da pandemia. Como resultado, assistimos a mais um aumento da taxa de juros. Esperamos que, com a elevação dos juros para conter a inflação, o Banco Central não comprometa a retomada do crescimento econômico”, observou o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Marcelo de Souza e Silva.

No mês de maio a inflação atingiu patamares acima do teto, gerando desconforto e medo para o futuro da economia. Na mesma linguagem, a Fiemg (federação das indústrias) também considerou exagerada a decisão do Copom (Banco Central).

Fiemg aponta exagero

Para a federação mineira, o ritmo acelerado de aumento da taxa Selic prejudicará a recuperação da economia brasileira, ainda muito fragilizada pela persistência da pandemia de Covid-19. A despeito do crescimento de 1,2% do PIB no primeiro trimestre de 2021, no mesmo período, a taxa de desemprego alcançou 14,7%, a maior desde o início da série histórica (2012).

O setor de serviços, responsável por cerca de 70% do PIB nacional, segue negativamente impactado pela necessidade de distanciamento social. Adicionalmente, as incertezas relacionadas à crise hídrico-energética são crescentes, impondo riscos de choque de oferta adverso para a economia.

Por sua vez, há uma expectativa de descompressão inflacionária diante da recente valorização do real frente ao dólar e da acomodação dos preços internacionais de commodities.

No balanço desse cenário, a Fiemg entende que essa escalada dos juros representa mais um desafio para os setores produtivos, e, consequentemente, para a retomada do emprego, da renda e do crescimento econômico sustentável.

LEIA MAIS: CDL propõe à Câmara a revogação de 16 leis que travam o comércio em BH

Orion Teixeira

Posts Relacionados

Ingresso bilionário de Lula para Agrishow – agribusiness

A bondade do "crédito extraordinário" para o Plano Safra 2024-2025, na MP de R$ 4,17…

17 horas atrás

Sem tempo para deputados, Zema apanha na Assembleia

O governo Zema já trocou de articulador político quatro vezes e, na estreia do quinto,…

21 horas atrás

Zema se arrisca ao tentar ser apenas o plano C de Bolsonaro

Por influência de novo marqueteiro, o governador Zema (Novo) desperdiça eventuais chances ao deixar de…

3 dias atrás

Sai Credit Suisse, entra Itaú

A dança de cadeiras é na Localiza Renta a Car, que trocou de "formador de…

3 dias atrás

Nunes Marques, do STF, e a agenda de Bolsonaro

Ao pedir vistas no caso Antônio Palocci (PT-SP), o ministro Nunes Marques, do Supremo Tribuna…

6 dias atrás

Damião tem que trocar a roupa de vereador pela de prefeito

Os atos do novo prefeito de BH, Álvaro Damião (União), que foi empossado, nesta quinta…

1 semana atrás

Thank you for trying AMP!

We have no ad to show to you!